Jarbas diz que é golpe. E avisa que vai à Justiça.

O presidente afastado da Ordem dos Advogados do Brasil, Jarbas Vasconcelos, considerou um golpe político a decisão do Conselho Federal, de decretar intervenção na Seccional do Pará. E avisou que recorrerá à Justiça para reverter a decisão.
"A decisão é absolutamente errada, equivocada legalmente e moralmente, inclusive, politicamente errada. A nossa OAB tem funcionado normalmente. Das 400 pessoas que integram o sistema OAB-PA, 19 pediram licença. Não teve solidariedade de nenhum advogado, de ninguém da sociedade em relação a essas pessoas. Então, como nós dissemos na carta que apresentamos, se o Conselho Federal decretasse intervenção, estaria caminhando para uma insanidade e alimentando um golpe de uma minoria contra uma maioria. E, infelizmente, foi o que aconteceu", disse Jarbas, segundo matéria que O LIBERAL publica em sua edição desta segunda-feira, assinada pelo correspondente do jornal em Brasília, Thiago Vilarins.
"Nós vamos entrar na justiça em defesa da legalidade. Eu me sinto diante de um golpe, diante de uma ilegalidade, de um arbítrio sem precedentes. Nós vamos à justiça e vamos ganhar", disse, sem querer adiantar qual o caminho jurídico. "Nossos advogados estão preparados. Eu garanto", disse o presidente afastado da Ordem.
O secretário-geral da OAB-PA, Alberto Campos, também ouvido pelo repórter Thiago Vilarins, usou termos contundentes para criticar a decisão do Conselho Federal. "Uma verdadeira traição. O relatório foi apresentado essa semana. Não tinha como eles (conselheiros) terem tanto conhecimento para as inalações que fizeram", afirmou.
Para Alberto Campos, não há necessidade de intervenção. "Para quê? A intervenção pressupõe que vá sanear alguma irregularidade existente. Mas se a compra foi desfeita, o que tem que ser feito agora? Fica cada vez mais evidente o interesse político por trás disso tudo. O Conselho quer cassar os mandatos somente", concluiu.