Do Consultor Jurídico
Na próxima quarta-feira (26/10), ao desembarcar em Brasília para participar de uma audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, o jornalista inglês Andrew Jennings, autor de denúncias contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, além dos senadores terá mais duas pessoas a esperá-los: um oficial de Justiça e um emissário da Polícia Federal.
Jennings vem ao Brasil, a convite dos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Paulo Bauer (PSDB-SC), expor o que sabe sobre os subornos que diz que Teixeira, seu ex-sogro João Havelange e outros “cartolas” da Fifa, teriam recebido, nos anos 90, da empresa de marketing esportivo ISL, que em troca foi beneficiada em Copas do Mundo com direito de transmissão dos jogos. Ao todo, segundo o jornalista, foram pagos US$ 100 milhões, dos quais pelo menos US$ 10 milhões destinaram-se ao presidente da CBF.
À espera dele estará um oficial de Justiça do Distrito Federal com uma intimação que seguiu para a capital federal por meio de Carta Precatória para ele se apresentar em 16 de janeiro na 3ª Vara Cível do Fórum da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ali, Teixeira move uma ação de danos morais por conta das acusações, pedindo uma indenização de R$ 10 mil, o que equivale a 0,5% do que o jornalista diz que o “cartola” recebeu em propina.
Mas o inglês também deverá ser recepcionado por alguém da Polícia Federal com um convite para ele colaborar no Inquérito aberto na Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros (Delefin) da Superintendência do Rio de Janeiro, no qual se pretende apurar se os irmãos Teixeira — Ricardo e Guilherme — cometeram os crimes de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de dólares e se declarou o dinheiro recebido no exterior, segundo o jornalista.
O inquérito, a ser presidido pela delegada Bárbara Shelbel, foi instaurado por determinação do procurador da República Marcelo Freire, a partir de uma representação do presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), Marcos Pereira, solicitando providências ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, a partir das denúncias de Jennings, publicadas no livro Jogo Sujo — O Mundo Secreto da Fifa.
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