Ainda não foi ontem que foram escolhidos os nomes dos cinco interventores que deverão dirigir os destinos da OAB do Pará pelos próximos seis meses, período em que deve durar a intervenção decreta no domingo à noite pelo Conselho Federal, em decorrência de irregularidades detectadas na venda de um imóvel no município de Altamira.
Os nomes dos cinco interventores deverão ser definidos apenas após a publicação do acórdão, ou seja, a publicação do teor da decisão proferida pelo Conselho Federal da OAB. A expectativa é de que a isso ocorra até a próxima sexta-feira.
Advogados que o Espaço Aberto consultou acreditam que dificilmente virão advogados de outros Estados para tomar da OAB do Pará, durante o período de intervenção. É mais provável que os interventores - ou diretores provisórios, como preferem alguns advogados que o blog ouviu - sejam pinçados dentre os conselheiros estaduais.
Mas há um porém, que não passa despercebido de ninguém: com a intervenção e com o processo ético-disciplinar que eventualmente vier a ser instaurado pela Segunda Câmara da OAB, o acirramento de ânimos e o confronto entre o grupo favorável à intervenção e o que se mantém fiel à administração do presidente Jarbas Vasconcelos tendem a elevar à estratosfera as hostilidades na Seccional paraense.
E ainda deve ser considerada a possibilidade de um pronunciamento do Poder Judiciário sobre esse angu todo. Jarbas já disse que vai ingressar em juízo com um mandado de segurança, para tentar reverter a decisão do Conselho Federal e permanecer no cargo. O secretário-geral, Alberto Campos, ouvido ontem pelo Espaço Aberto, também admitiu que, de sua parte, é concreta essa possibilidade. Mas vai esperar os próximos para decidir se vai ou não à Justiça.
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