Do advogado Ismael Moraes, sobre a postagem Escritório de Brasília representará a Amepa contra a OAB:
A OAB não quer a guerra com os juízes. Quer que a Constituição seja cumprida.
Sempre defendi publicamente que temos que resguardar o Poder Judiciário. O Poder Judiciário é o último refúgio da cidadania; a OAB é a cidadania.
Ainda acredito que os juízes contemporizarão e verão que a Direção da OAB foi empurrada a dar uma sacolejada para ser escutada, pois existe uma cobrança incessante e robusta, mormente dos advogados que militam em algumas comarcas do interior, que constituem caixa de ressonância de expressiva massa social marginalizada e precisam sobreviver mendigando atenção. A questão é que, por medo ou por uma outra conveniência, isto nunca foi colocado publicamente, e quando o é, choca.
A Amepa não deve entrar numa "guerra", porque isso está longe do principal predicado dos juízes: o equilíbrio; também isso é desgastante financeiramente: os escritórios de Brasília estão entre os mais caros do País.
Não é essa a intenção da OAB, Direção e Conselho, mas caso se concretizem as ameaças de retaliação e a OAB reaja, estarão a seu serviço mais de 100 dos mais estruturados escritórios de advocacia no Estado e, detalhe, de graça.
Evidente que qualquer ação contra nosso presidente implicará em defesa e em reação.
O desgaste financeiro da Amepa (que possui fins verdadeiramente nobres a assistir) em ter que contratar escritórios para defender magistrados em centenas de causas inviabilizará a instituição.
Quem quer isso? A OAB não quer: quer que a cidadania seja plenamente assistida pela função jurisdicional; quer que os advogados possam exercer o ofício e ganhar o pão com o suor do rosto.
Se se comprovar algum erro de informação, como conselheiro estadual proporei que o Conselho faça ao injustamente ofendido o mesmo desagravo público que fazemos aos advogados. Admiro pessoalmente dezenas de juízes que conheço: abnegados, humanos, estudiosos, comprometidos com a Justiça.
Os magistrados continuam sendo depositários de nossa confiança e de nossa esperança de que sempre participarão da melhoria de nossa República.
5 comentários:
no dos outros é refresco, é refresco...vem trabalhar aqui no nordeste paraense, vem.
A OAB não quer guerra, mas o seu presidente sim. E digo isso triste, pois em todas as suas declarações só vejo o estado de beligerÂncia reinante. Se não quisesse guerra, porque declararia nos jornais que os magistrados recebem R$ 25.000,00 e receberiam auxílio moradia? Quando isso é uma mentira sem tamanho. Seu desejo é de colocar a opinião pública contra os juízes. Apesar do clima de guerra, fiquem cientes que os magistrados são conhecedores de seus deveres e não retaliarão nenhum advogado. Pode ser que alguns colegas resolvam ser mais rigorosos com horário de audiência por exemplo, mas tudo de acordo com a lei, sem trazer prejuízo ao jurisdicionado.
Por outro lado, só nós sabemos o que estamos passando com a generalização da OAB, quando até nossos vizinhos nos olham com um olhar de censura. Todos ficam se perguntando se somos TQQ também. É muito difícil. Até concordo que existem juízes TQQ, mas esses devem ser individualizados. E não é porque uma pessoa faltou na segunda que ela é adepta do TQQ, precisa ser investigado porque isso ocorreu, e não simplesmente dizer para a sociedade, com todo o estardalhaço que foi feito, que os juízes são TQQ.
É uma pena que ações supostamente sérias sejam transformadas em um circo.
Acredito que as pessoas tem opinioes sobre a magistratura independente do tqq. Quanto ao estardalhaço, paciencia, era necessario. Quanto ao circo, um camponês, e sao muitos, para ter uma prestacao jurisdicional no interior nao consegue, e na cidade nao e diferente.
Dr. Ismael, O Sr. como conselheiro, conforme afirma, foi consultado a respeito da operação levada a cabo por seu presidente? Os seus pares foram consultado?Foi exercido o juízo de ponderação?
Dizer que o estardalhaço era necessário só demonstra o pensamento daqueles que não estão preocupados com a verdade. A AMEPA errou ao dizer que a OAB não tinha o direito de fiscalizar. A OAB tinha o direito sim, pois todos da sociedade tem esse direito, pois o judiciário é um poder do Estado. Mas errou muito mais a OAB ao simplesmente generalizar condutas, ao não fazer algo sério, colocando a todos na vala comum. Quanto ao componês no interior muitos conseguem a prestação juridicional almejada, mas infelizmente por problemas das mais diversas ordens, como exemplo dimensão dos municípios e falta de servidores, muitas audiências não são realizadas, o processo não anda, advogados não compercem às audiências, abandonam seus constituintes sem nem ao menos dar uma satisfação, todos esses fatos atravancam o processo.Gostaria muito que os críticos de plantão pudessem ficar um mÊs ao menos como juízes para que sentissem as dificuldades encontradas por nós.
Postar um comentário