No AMAZÔNIA:
Paysandu perdia de 1 a 0 para o Galo até os 44 do 2º tempo, mas Sandro e Moisés marcam e evitam vexame na estreia
A 'zebra' chegou a desfilar pelo gramado da Curuzu, ontem à tarde, mas no final acabou prevalecendo a garra e determinação do Paysandu, que em apenas dois minutos virou o placar em cima do Independente, de Tucuruí. O Galo Elétrico vencia a partida, por 1 a 0, até os 44min do segundo tempo.
A reação alviazul veio quando muitos torcedores, inclusive o presidente do clube, Luis Omar Pinheiro, já não acreditavam mais. Alguns, inclusive, já haviam até deixado o estádio, sem ver os gols anotados por Sandro, de pênalti, aos 44min, e Moisés, aos 46 min. A vitória garantiu ao Papão os primeiros três pontos na Taça Cidade de Belém (1º turno), do Parazão, mas também deixou a certeza de que o time precisa melhorar para chegar ao bicampeonato.
O Paysandu começou superior ao adversário. Explorando a velocidade de Moisés, o time bicolor chegava com frequência ao ataque, mas finalizava mal, desperdiçando umas três boas chances de abrir o placar. A superioridade bicolor durou até os 12 minutos. A partir daí, o Galo equilibrou as ações, explorando as jogadas pelas alas, com Lima e Iranilson - sobretudo o primeiro, que aproveitava bem a fragilidade de Fabinho, seu marcador.
Depois de um ritmo intenso, o jogo caiu de produção a partir dos 20min, tanto que não houve uma só jogada de perigo até os 28min, quando Parral quase marca para o Papão em chute de fora da área. Sem boa dinâmica no meio-campo, o Papão cadenciava em excesso o jogo, deixando de aproveitar a velocidade de Moisés, que havia feito no início. O Galo se valia dos contra-ataques para chegar a área inimiga, mas o time do interior pecava nos arremates finais, que tinham como destino a linha de fundo ou as mãos de Alexandre Favaro. Conclusão: o torcedor não viu gol no primeiro tempo.
O Paysandu voltou para a etapa final com Marquinhos no lugar do improdutivo lateral-direito Fabinho. O meia Zeziel foi para a ala esquerda, com Marquinhos passando a compor dupla de ataque com Bruno Rangel. Mas o início do segundo tempo foi todo do Galo, que mandou em campo até os 10min. O lance de maior perigo dos bicolores só veio a acontecer aos 11min: Sandro serviu a Bruno Rangel, que falhou na conclusão para o gol. Aos 18min, Moisés foi puxado, dentro da grande área, por Adelson, mas o árbitro não deu e a Fiel, com razão, ficou na bronca com o apitador.
Cinco minutos após o penal não marcado, o torcedor bicolor viu o Galo abrir o placar. Lima cruzou na área e Ró, livre de marcação, testou para a rede, sem defesa para o goleiro. Os bicolores entraram em desespero, com os jogadores querendo resolver na base da individualidade. Aos 29min, o técnico Luis Carlos Barbieri resolveu atender o clamor da torcida, que pedia Zé Augusto. Ele sacou Parral para a entrada do ídolo da Fiel, com Moisés passando a ala direita.
A mudança surtiu efeito. Aos 44, Zé sofreu pênalti cometido por Adriano, desta vez marcado pelo árbitro. Sandro cobrou e empatou o jogo. Dois minutos depois, o mesmo Sandro lançou para Moisés, que bateu certeiro para decretar a virada bicolor e provocar uma grande festa por parte dos torcedores alviazuis.
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