Reparem só.
No Pará, PT e PMDB andam às turras.
No Pará, PT e PMDB andam na contramão um em relação ao outro.
Mas estão juntos.
Como bons aliados que são, estão juntos inclusive na suspeitas.
A revista Época, edição que está nas bancas, mostra em detalhes trechos de denúncia oferecida à Justiça Federal de São Paulo, no ano passado, pela procuradora da República Karen Kahn.
Com base em relatório da Polícia Federal - e não em denúncia anônima, como sustentam os advogados da empresa e entendeu o Superior Tribunal de Justiça -, Karen Kahn apontou pelo menos três casos em que a empreiteira Camargo Corrêa teria, supostamente, usado contas no exterior para alimentar um propinoduto que se estendeu inclusive ao Pará.
Vejam as imagens acima, extraídas da denúncia e que cita o Pará.
Diz um trecho da reportagem da revista:
No caso das obras no Pará, a procuradora Karen Kahn diz que as anotações encontradas com Pietro Bianchi mostram que a Camargo Corrêa teria pago propinas ao PT e ao PMDB relativas a cinco obras de hospitais feitas pelo governo do Pará, nos municípios de Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira. As obras, realizadas em parceria pela Camargo Corrêa com a construtora Schahin Engenharia, começaram em 2005, ainda no governo de Simão Jatene, do PSDB, mas os pagamentos e execução avançaram nos anos seguintes. Em 2007, a petista Ana Júlia Carepa assumiu o governo paraense, com o apoio do PMDB.
A reportagem vai em frente.
A denúncia da procuradora da República menciona dois nomes.
Um deles é de Carlos Botelho, consultor-geral do governo Ana Júlia Carepa, equivocadamente tratado como “conselheiro-geral do governo do Pará”.
O outro é um certo “JB”, que a revista menciona como sendo as iniciais de Jader Barbalho, deputado federal e presidente regional do PMDB do Pará.
Ambos negam qualquer ilegalidade.
Acompanhem abaixo os trechos da reportagem:
Para o MP, outros indícios de pagamentos de propinas na construção dos hospitais do Pará apareceriam em anotações feitas à mão, datadas de julho de 2008, em que supostamente a Camargo Corrêa destina para PT e PMDB porcentuais dos valores recebidos pelas obras dos hospitais. A divisão, segundo o MPF, é descrita da seguinte forma nos manuscritos de Pietro Bianchi: “PT 5% e PMDB 3% a serem calculadas sobre a rubrica Total 1, no valor de R$ 554.655,46 e Total 2, no valor de R$ 308.807,67”. Ao lado do valor supostamente destinado ao PT aparece a anotação “Partido e Carlos Botelho”. Ao lado do valor destinado ao PMDB, estão anotados “JB, eleição e partido”.
Carlos Botelho é o nome do conselheiro-geral do governo do Pará, uma das pessoas mais influentes do governo Ana Júlia. É ele quem dá os pareceres sobre a legalidade ou não dos atos do governo. “Não faz sentido. A maioria das obras já havia terminado quando entramos no governo. Não sei por que meu nome aparece nisso. Quero que isso seja esclarecido o mais rápido possível”, disse Botelho a ÉPOCA. “Eu me encontrei algumas vezes com pessoas da Camargo Corrêa, mas não me lembro de falar com Pietro Bianchi.” O diretório do PT no Pará não se manifestou.
Não há referência no documento do MPF ao significado da sigla JB anotada junto ao dinheiro que seria destinado ao PMDB do Pará. O homem forte do PMDB local é o deputado federal Jader Barbalho. Jader foi aliado do PT e indicou pessoas para o comando das secretarias de Saúde e de Obras no governo Ana Júlia. Procurado, Jader, por meio de sua assessoria, enviou um fax que mostra um depósito de R$ 300 mil, feito em 3 de outubro de 2008, pela Camargo Corrêa na conta do Diretório Estadual do PMDB no Pará. Segundo a assessoria de Jader, a doação foi registrada oficialmente.
Clique aqui para ler a íntegra da reportagem da revista Época.
No Pará, PT e PMDB andam às turras.
No Pará, PT e PMDB andam na contramão um em relação ao outro.
Mas estão juntos.
Como bons aliados que são, estão juntos inclusive na suspeitas.
A revista Época, edição que está nas bancas, mostra em detalhes trechos de denúncia oferecida à Justiça Federal de São Paulo, no ano passado, pela procuradora da República Karen Kahn.
Com base em relatório da Polícia Federal - e não em denúncia anônima, como sustentam os advogados da empresa e entendeu o Superior Tribunal de Justiça -, Karen Kahn apontou pelo menos três casos em que a empreiteira Camargo Corrêa teria, supostamente, usado contas no exterior para alimentar um propinoduto que se estendeu inclusive ao Pará.
Vejam as imagens acima, extraídas da denúncia e que cita o Pará.
Diz um trecho da reportagem da revista:
No caso das obras no Pará, a procuradora Karen Kahn diz que as anotações encontradas com Pietro Bianchi mostram que a Camargo Corrêa teria pago propinas ao PT e ao PMDB relativas a cinco obras de hospitais feitas pelo governo do Pará, nos municípios de Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira. As obras, realizadas em parceria pela Camargo Corrêa com a construtora Schahin Engenharia, começaram em 2005, ainda no governo de Simão Jatene, do PSDB, mas os pagamentos e execução avançaram nos anos seguintes. Em 2007, a petista Ana Júlia Carepa assumiu o governo paraense, com o apoio do PMDB.
A reportagem vai em frente.
A denúncia da procuradora da República menciona dois nomes.
Um deles é de Carlos Botelho, consultor-geral do governo Ana Júlia Carepa, equivocadamente tratado como “conselheiro-geral do governo do Pará”.
O outro é um certo “JB”, que a revista menciona como sendo as iniciais de Jader Barbalho, deputado federal e presidente regional do PMDB do Pará.
Ambos negam qualquer ilegalidade.
Acompanhem abaixo os trechos da reportagem:
Para o MP, outros indícios de pagamentos de propinas na construção dos hospitais do Pará apareceriam em anotações feitas à mão, datadas de julho de 2008, em que supostamente a Camargo Corrêa destina para PT e PMDB porcentuais dos valores recebidos pelas obras dos hospitais. A divisão, segundo o MPF, é descrita da seguinte forma nos manuscritos de Pietro Bianchi: “PT 5% e PMDB 3% a serem calculadas sobre a rubrica Total 1, no valor de R$ 554.655,46 e Total 2, no valor de R$ 308.807,67”. Ao lado do valor supostamente destinado ao PT aparece a anotação “Partido e Carlos Botelho”. Ao lado do valor destinado ao PMDB, estão anotados “JB, eleição e partido”.
Carlos Botelho é o nome do conselheiro-geral do governo do Pará, uma das pessoas mais influentes do governo Ana Júlia. É ele quem dá os pareceres sobre a legalidade ou não dos atos do governo. “Não faz sentido. A maioria das obras já havia terminado quando entramos no governo. Não sei por que meu nome aparece nisso. Quero que isso seja esclarecido o mais rápido possível”, disse Botelho a ÉPOCA. “Eu me encontrei algumas vezes com pessoas da Camargo Corrêa, mas não me lembro de falar com Pietro Bianchi.” O diretório do PT no Pará não se manifestou.
Não há referência no documento do MPF ao significado da sigla JB anotada junto ao dinheiro que seria destinado ao PMDB do Pará. O homem forte do PMDB local é o deputado federal Jader Barbalho. Jader foi aliado do PT e indicou pessoas para o comando das secretarias de Saúde e de Obras no governo Ana Júlia. Procurado, Jader, por meio de sua assessoria, enviou um fax que mostra um depósito de R$ 300 mil, feito em 3 de outubro de 2008, pela Camargo Corrêa na conta do Diretório Estadual do PMDB no Pará. Segundo a assessoria de Jader, a doação foi registrada oficialmente.
Clique aqui para ler a íntegra da reportagem da revista Época.
6 comentários:
A "famiglia" unida jamais será vencida!
E pensar que cumpanherus e pmdebistas eram a esquerda-pura-moralista-exemplar futuro do país.
Orra, meu!
Um, se enrraizou e se espraiou nas entranhas das verbas de todos os governos, o PMDB.
O outro, até então puro, o PT, provou e gostou.E se lambuzou.E chafurdou na lama da vala comum.
Onde todos se igualaram.
Todos.
Lamentavelmente.
Essa deve ser apenas uma pequena ponta do iceberg.
Paulo, uma questão temporal: Os hospitais regionais são anteriores ao governo petista. Estou sem entender. Dá para explicar melhor.
Ao anônimo petista das 17:54,
Informação copiada do site do seu "Governo Popular":
"O Governo Popular equipou e colocou em funcionamento os três Hospitais Regionais de Altamira, Redenção e Santarém, que hoje atendem juntos a mais de dois milhões de pessoas. Para isso, fez investimentos em equipamentos, medicamentos, contratação de serviços e de pessoal devidamente treinados, deixando-os aptos ao atendimento de qualidade esperado pela população da Transamazônica, Sul e Oeste do Pará".
Ou seja: rolou muita grana. Para alegria dos "cueca boys".
Das 22:22, agradeço muito a tua tentativa de explicar, mas não valeu. Continuo sem entender, pois a Camargo Correa não faz investimentos em equipamentos, medicamentos, contratação e treinamento de pessoal.Não sou petista como, mesmo sem saberes quem escreve, afirmas, mas também não sou ingênua. Todos nós sabemos que nem um dos partidos brasileiros escapa da corrupção. De verdade verdadeira, só quero entender. Problema meu por não aceitar respostas simplórias? tudo bem, o resolverei em outras buscas.
Tirando as dúvidas: quem construiu e equipou os hospitais foi na verdade o governo anterior ao do PT, ou seja, do tucano Simão Jatene. Com recursos garantidos, mas como a obra foi entregue no final do governo, já no apagar das luzes, por questão meramente burocrática, a última parcela foi paga já no governo petista Ana Júlia.
Daí em diante só os petistas pra explicarem o que aconteceu.
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