No AMAZÔNIA:
Enquanto empresários e rodoviários não entram em consenso, os paraenses padecem no Terminal Rodoviário de Belém. À primeira vista a tranquilidade reinava absoluta no local. A ausência das filas extensas e o baixo número de pessoas que por lá transitavam ontem durante a tarde contribuíam para a falsa impressão. A verdade, no entanto, vinha à tona após alguns minutos de conversa. Empresários, usuários, funcionários do terminal e mesmo os que trabalham próximo ao prédio mostravam-se insatisfeitos. O motivo era o mesmo: A greve dos rodoviários intermunicipais e interestaduais que além de atrapalhar planos de viagem, frusta a expectativa de quem esperava faturar alto durante este mês.
'A greve só serviu para espantar as pessoas do terminal. Ano passado durante o mês de julho a procura por nossos serviços era muito maior', revela o motorista de taxi Eduardo de Sousa. Ele trabalha há quatro anos em um ponto em frente ao Terminal Rodoviário e conta que ao contrário do se imaginava, a paralisação dos rodoviários não facilitou a vida dos motoristas de transportes alternativos e irregulares. Apesar das reclamações, Eduardo de Sousa e seu colega João Mário admitem que o fluxo de trabalho aumentou durante o final de semana. 'O número de clientes durante o final de semana aumenta em relação aos outros dias da semana, mas o faturamento poderia ter sido melhor', conta João Mário.
'A venda de passagens está normal. O que mudou foi o número de horários disponíveis para viajar', explica o atendente João Silva. A redução das opções de horários pode não impedir a viagem, mas certamente altera planos de muitas pessoas. Pelos bancos do terminal era fácil encontrar quem amargaria uma longa espera antes do embraque. No início da tarde de ontem, a espera da autônoma Irís Costa Viana já durava três horas. Ela comprou passagem para São Luís, capital do Maranhão, e ainda aguardaria até às 18h50 para iniciar viagem. 'Como eu não moro aqui (em Belém) terei que ficar por aqui (terminal) até a hora do embarque', lamenta.
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