No AMAZÔNIA:
Os postos de saúde dos balneários próximos à Região Metropolitana de Belém terão atendimento reforçado neste terceiro fim de semana de julho. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), durante a operação verão 2009, serão 450 profissionais da saúde atuando na urgência e emergência, vigilância sanitária e atendimento de prevenção nas praias. Sindicatos, porém, alertam para possíveis 'furos' na escala.
As unidades de saúde de Cotijuba, Outeiro, UMS Maracajá, UMS Carananduba, UMS Bahia do Sol e o Hospital Geral do Mosqueiro concentrarão a maior parte destes serviços, com 417 profissionais atuando em regime de plantão.
Na capital, os prontos-socorros do Guamá e da 14 de Março vão funcionar todos os dias normalmente, mas sem reforço de pessoal.
'Não vamos colocar reforço no pronto-socorro porque a maior parte da demanda está nos balneários, mas temos uma equipe de supervisores de plantão se algum médico faltar', afirmou a diretora do departamento de urgência e emergência da Sesma, Tereza Rosa.
Dentre as ocorrências, mais comuns nesta época do ano estão os traumas causados por brigas, alcoolismo, doenças estomacais e afogamentos.
Entretanto, apesar das projeções da Sesma, manter o quadro médico nos postos de atendimento funcionando é um dos desafios do veraneio. A avaliação é do diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindimepa), Luiz Sena, que reclama do número insuficiente de profissionais na saúde pública e do atraso no pagamento de gratificações de deslocamento (GAET) e horas extras.
'O grande desafio é resgatar a credibilidade da Sesma. Hoje os médicos trabalham e não sabem quando vão receber', reclamou Sena.
Ele explica que nas unidades de Cotijuba e Outeiro, por exemplo, existem funcionários com pendências no pagamento de plantões extras desde setembro do ano passado. As gratificações, segundo ele, também não vem sendo pagas com regularidade.
A defasagem de pessoal também é alvo de críticas do coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Saude do Estado do Pará (Sindisaúde), Robson Rodrigues. Ele diz que seria necessária a contratação de pelo menos mais 150 médicos, em diversas especialidades, para tornar menos crítico o atendimento nesta época do ano.
'O maior problema hoje do serviço municipal de saúde é a falta de médicos. Os outros obstáculos, como material de expediente e até a questão das ambulâncias vem sendo contornadas, mas a rede pública não tem gente suficiente', afirmou Rodrigues.
A diretora da Sesma, Tereza Rosa, nega que o cronograma de pagamento das gratificações não esteja sendo cumprido. Segundo ela, até o final de julho todas as diárias e plantões extras serão pagos aos profissionais. Em relação à Gaet, ela explica que o benefício foi suspenso em 2003, ainda na gestão do então prefeito Edmilson Rodrigues.
Praias - Além do atendimento de urgência e emergência, quem for às praias próximas da capital vai encontrar também orientação sobre os cuidados com a saúde, prevenção de doenças, alimentação e controle de zoonozes.
Durante o final de semana, a Sesma vai montar barracas para informação dos veranistas na praça da Vila, praia do Farol, Murumbira, Paraíso, Ariramba e Chapéu Virado, em Mosqueiro.
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