No AMAZÔNIA:
Informações desencontradas e troca de acusações marcaram o quinto dia da greve dos rodoviários intermunicipais e interestaduais. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Pará, Almiro Texeira, afirma que a decisão judicial que assegura a circulação de 40% da frota regular de ônibus durante a paralisação não está sendo respeitada. Essa será a base do pedido de abusividade da greve que deve ser protocolado hoje no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Do outro lado, rodoviários garantem que mais de 40% dos ônibus estão deixando as garagens. Ainda não há previsão para que o impasse termine.
Por outro lado o Sintritur (Sindicato dos Rodoviários em Empresas de Transporte de Passageiros Interestaduais, Intermunicipais e Turismo) move ação cautelar contra supostos abusos cometidos pelas empresas Transbrasiliana e Boa Esperança. O pedido foi encaminhado ao gabinete da desembargadora Rosita de Nazaré Sidrim Nassar, porém por ter sido protocolado no final da tarde, apenas hoje a ação movida pelos rodoviários será apreciada.
No documento protocolado junto ao TRT lê-se: 'As empresas vêm procurando de todas as formas frustrar o movimento grevista do sindicato profissional, ferindo direito assegurado pela Carta Magna. Assim apresentamos as irregularidades cometidas pelas empresas comprovadas por fotos anexas'. As fotos em questão mostram ônibus da empresa Transbrasiliana deixando a garagem durante a madrugada de ontem. Os carros seguiam viagem em comboio e escoltados por viaturas de uma empresa de segurança patrimonial.
Segundo o documento, 'a empresa contratou serviço de segurança armada para intimidar os grevistas, colocando-os à frente de sua garagem para liberar tantos quantos veículos lhe aprouver e impedir a aproximação dos trabalhadores em greve, no claro intuito de desarticular a categoria profissional e desmobilizar o movimento, uma vez que os trabalhadores estão sendo coagidos por homens armados'. O documento também denúncia supostas práticas abusivas praticadas pela empresa Boa Esperança:
A empresa estaria 'determinando a saída de ônibus de outras garagens, inclusive de garagem dos ônibus urbanos, colocando motoristas que somente trafegam aqui dentro de Belém para dirigir os ônibus intermunicipais e interestaduais, que sequer conhecem as estradas e assim colocando suas vidas e as dos passageiros em risco', diz o documento.
Almiro Teixeira, presidente do sindicato patronal e diretor da Transbrasiliana, garante que a segurança da empresa foi reforçada para garantir a integridade dos veículos e dos trabalhadores que não aderiram ao movimento grevista. Ele nega que a empresa esteja colocando mais do que 40% da frota para circular. Ao contrário, ele garante que o piquete dos grevistas em frente à garagem de sua empresa impede que a ordem judicial seja respeitada.
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