No AMAZÔNIA:
Rodoviários do transporte intermunicipal e interestadual entraram em greve desde o início da noite de ontem e impediram durante três horas a entrada de ônibus no Terminal Rodoviário de Belém para o embarque de passageiros. Cerca de 12 ônibus e 500 pessoas tiveram a viagem atrasada. A paralisação dos rodoviários começou com um protesto por volta de 19h30, depois da falta de acordo com as empresas.
Os sindicalistas secaram os pneus dianteiros de três coletivos. Dois deles, um da empresa Guanabara, que sairia às 20h30 para Teresina (PI), e outro da empresa Transbrasiliana, que iria para Conceição do Araguaia, com parada em Canaã dos Carajás, ficaram parados bem no portão de entrada pelos fundos do terminal, na avenida Ceará com a 1º de Queluz, em São Brás, e daí em diante nenhum ônibus mais teve acesso ao local.
Um ônibus da Boa Esperança que chegou de Tomé-Açu também teve os pneus esvaziados e teve que parar do lado de fora do Terminal para desembarcar 20 passageiros. Durante três horas aconteceram várias reclamações e desentendimentos dos passageiros com os rodoviários e foi necessária a intevenção da Polícia Militar para que os ânimos se acalmassem.
Ontem, representantes das empresas decidiram esperar uma negociação para embarcar os passageiros em outro local se precisasse, com medo de que os carros fossem quebrados. Mas não foi preciso. Por volta de 22h40 os rodoviários decidiram se retirar do terminal e as empresas organizaram comboios que começariam a sair por volta de 23h30, depois de muita pressão dos passageiros que iriam para o sudeste e sul do Pará, além de Brasília, Maranhão, Fortaleza e outros Estados do nordeste.
Apesar da determinação da desembargadora do TRT8, Rosita Nassar, para que as empresas e os sindicalistas mantenham 40% da frota e de rodoviários trabalhando, até ontem à noite ninguém sabia a quantidade de ônibus e nem quantos rodoviários devem manter as frotas rodando. Mas eles disseram que nenhuma empresa informou quantos ônibus devem circular.
Ontem à noite mesmo os rodoviários se reuniram para decidir as táticas para manter a greve a partir de hoje. Uma das possibilidades é fazer piquetes em todas as garagens para garantir 60% de paralisação. As empresas anunciaram que ontem à noite suspenderam a venda de passagens. Mas muita gente comprou bilhete antecipado para viajar em um dos 250 ônibus que deveriam sair hoje do terminal, fora os carros extras.
Devido às reclamações de usuários, ontem um supervisor do Sinart, que administra o terminal, declarou que a empresa não tem nenhuma responsabilidade sobre o atraso no embarque de passageiros por causa da greve, apesar do consumidor pagar taxas quando compra passagem.
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