No AMAZÔNIA:
Dono das melhores médias de público e renda da Série C do Campeonato Brasileiro, o Paysandu terá um senhor prejuízo se for eliminado da competição no jogo contra o Sampaio Corrêa, dia 2 de agosto, em Codó, interior do Maranhão. Chegando até a fase final da competição, o Papão fará seis partidas, três em casa, levando toda a renda de estádios lotados.
O time bicolor já fez quatro jogos como mandante, num total de 48.351 torcedores pagantes, arrecadando R$ 692.765,00. Se chegar à fase final da Série C, tomando como base a média de arrecadação (R$ 173.191,25), o clube deverá arrecadar mais de R$ 1 milhão.
Existe a possibilidade de a equipe alviazul voltar a jogar no Mangueirão, caso avance na competição. Foi justamente no estádio estadual que o Papão obteve os maiores públicos, jogando contra o Sampaio Corrêa/MA e Rio Branco/AC: 17.378 e 12.603 torcedores, respectivamente. O público do jogo contra o Águia foi de 9.792, na Curuzu, que tem capacidade para 14 mil torcedores.
O prejuízo do Paysandu, se for eliminado na fase classificatória, ficará restrito às bilheterias, deixando de arrecadar mais de R$ 1 milhão. Os contratos de publicidade - firmados com o Banpará, Unimed e Cerpasa - estão garantidos até o final do ano. Mas a eliminação representará prejuízo no presente, já que não terá como pagar salários até o final do ano e no futuro, já que, disputando a Série B em 2010, o Papão ganhará muito mais visibilidade na mídia, podendo firmar contratos de patrocínio mais vantajosos.
Como a Série B é uma competição mais valorizada do que a Série C, já que dela participam clubes tradicionais, o Papão arrecadará muito mais, além de não gastar com passagens aéreas e hospedagens, bancadas pela CBF.
Se for eliminado, o prejuízo do Águia se restringe ao futuro, já que pouco arrecadada em bilheterias.
Risco - A eliminação precoce da Série C não fará diferença no Águia apenas pela parte técnica. Economicamente, um possível fiasco na tentativa de ficar entre os dois primeiros colocados do Grupo 'A' vai gerar um prejuízo aos cofres do clube de Marabá, já que, se não disputar a fase de mata-mata, terá que encerrar suas atividades bem antes do fim do ano.
Além disso, o time dará adeus à chance de disputar a Série B em 2010. No entanto, o prejuízo não será sentido de imediato. Pelo menos é o que garante o presidente do clube, Sebastião Ferreira Neto, o Ferreirinha. Segundo ele, a perda das rendas com os jogos que o clube teria pela frente é algo irrisório, uma vez que normalmente as arrecadações são deficitárias. O problema será a renovação de contratos de publicidade, já que o Azulão terá apenas duas competições no ano que vem: o Campeonato Paraense e a Série C. Além disso, em 2010 não disputará a Copa do Brasil.
'Não queremos nem pensar nessa possibilidade (de eliminação precoce), mas se não conseguirmos a vaga e o acesso à Série B, ficará difícil renovar os contratos de publicidade', reconhece Ferreirinha.
Segundo estatísticas disponíveis no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a média de renda do Águia na Série C 2009 é de 1.926 pagantes, o que deixa o clube apenas na 13ª posição entre os 20 participantes da disputa. Em termos de arrecadação, o clube fica em décimo lugar, com média de R$ 20.036,33 por partida.
Levando em consideração estes números, o Águia perderá em torno de R$ 60 mil com bilheteria. Mas, como o regulamento da competição prevê que os jogos das fases semifinal e final sejam disputados em estádios com capacidade acima de 10 mil espectadores, o Águia poderia contar com rendas um pouco maiores jogando no Mangueirão, como o fez no ano passado. Desta forma, o acumulado com as rendas poderia superar os R$ 100 mil.
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