No AMAZÔNIA:
Casos como o vivenciado por Telma não passam de reflexos do clima de insegurança que toma conta do Guamá - o mais violento e populoso bairro da Região Metropolitana de Belém, com cerca de 110 mil habitantes e incontáveis casos de violência no histórico policial. A conclusão é da titular da Seccional do Guamá, delegada Cynthia Viana, que fez questão de relatar em detalhes a natureza dos crimes mais frequentes na área da unidade.
'Eles ficam à espreita, atrás daqueles arbustos do outro lado do canal, e esperam os funcionários atravessarem a ponte. Não é algo aleatório. Eles sabem quem estão atacando', acredita. 'Mas nós não estamos nos martirizando em relação a isso, porque o que acontece conosco é o mesmo que acontece a todos', acrescenta, frisando que a insegurança à porta das seccionais é a mesma que espreita as casas dos moradores do bairro. Mesmo com a baixa no movimento esperada no mês de veraneio, a seccional anda recebendo um número alto de ocorrências: até a sexta-feira, já havia 261 registros no cartório de Polícia Civil da unidade, entre casos investigados localmente e que foram encaminhados à Delegacia da Terra Firme. Entre elas, constam assaltos, também, a assistentes sociais, policiais e outros profissionais lotados na Seccional do Guamá, que hoje tem um corpo funcional de cerca de 80 pessoas. 'Hoje os funcionários só vão embora do trabalho escoltados, porque tiraram o ponto de ônibus que tinha aqui em frente. Agora eles precisam atravessar essa ponte e ficar à mercê dos assaltantes', critica.
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