Papão quer finais na Curuzu

No AMAZÔNIA:

O presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, revelou, ontem, que fez proposta ao São Raimundo para que os dois jogos da final do 1º turno do Parazão, envolvendo as duas equipes, sejam disputados na Curuzu e não no Mangueirão, como marca a tabela do campeonato. A alegação do dirigente foi a de que jogando no estádio estadual as equipes voltarão a amargar prejuízos, como ocorreu nos jogos contra o Remo e o Castanhal, respectivamente. 'Jogando na Curuzu os gastos serão menores e o torcedor, com toda a certeza, vai comparecer em maior número por ser um estádio mais central', comentou o cartola.
Luiz Omar tenta convencer a direção da Pantera de que a possibilidade de transferência do local das partidas não iria beneficiar o Papão, que, neste caso, jogaria em seus domínios. 'O São Raimundo não venceu o Remo dentro do Baenão?', indagou. 'Por que não pode nos vencer jogando na Curuzu?', completou. A idéia de Luiz Omar foi recebida com uma contraproposta do adversário, que sugeriu levar o jogo de quinta-feira, o primeiro da final, para Santarém, com a segunda partida acontecendo no Mangueirão. A sugestão dos alvinegros não foi bem recebida pelo dirigente alviazul, pois segundo ele, demandaria gastos com a viagem do Papão até a cidade do Baixo-Amazonas.
O presidente bicolor, ainda ontem, mostrava-se irritado com o montante de despesas registrado no borderô do jogo de quinta-feira contra o Castanhal. 'Voltamos do Mangueirão com R$ 300. O resto do dinheiro foi todo ele utilizado para pagar os gastos com o estádio. Um absurdo. Isso nunca aconteceu na história do Paysandu', garantiu. O dirigente não acusou diretamente ninguém, mas deu a entender que a BWA, empresa responsável pela confecção dos ingressos da partida, teve responsabilidade também no valor arrecadado pelo clube.
'Não vou acusar por não ter provas concretas', disse Luiz Omar. 'Mas a partir de agora não quero mais saber dessa empresa envolvida com os jogos do Paysandu. Eles podem pegar as catracas que estão na Curuzu e sumirem de lá com elas. Se não fizerem isso, eu mesmo vou colocá-las em um caminhão e mandá-las para algum lugar', desabafou. Alguns membros da diretoria bicolor teriam recebido denuncias de que torcedor estavam entrando no estádio com ingressos não perfurados e que teriam sido vendidos por pessoas ligadas à empresa pela metade do preço. 'Existem denúncias que a gente vai apurar com mais calma', informou Luiz Omar.