No AMAZÔNIA:
Crianças guamaenses fizeram um desfile ecológico de carnaval na tarde de ontem. O objetivo das associações de moradores do Pantanal, do Ji-paraná e Riacho Doce, organizadoras do bloco, é a conscientização ambiental. A comunidade espera frear o ritmo de degradação do canal do Tucunduba, que, por ainda ser navegável, serve para entrada de materiais de construção e saída de alimentos no Guamá.
As fantasias foram feitas com material reaproveitado pela própria comunidade, durante oficinas promovidas pelas associações. A bateria tocada pelos 18 percussionistas era feita com garrafas plásticas e outros materiais improvisados que fizessem barulho. O carro alegórico representava o canal do Tucunduba, também feito pelas crianças e seus pais, sob coordenação de orientadores. Durante o trajeto pelas ruas Ji-paraná, Tucunduba, Barão de Igarapé-miri e Riacho Doce, as crianças de 4 a 12 anos cantavam 'Ei, você aí! Não jogue lixo aí, não jogue lixo aí!', adaptando o refrão de uma conhecida marchinha carnavalesca.
O presidente da associação de moradores do Ji-paraná, Messias Oliveira, conhecido como 'Chacal', espera que a iniciativa chame atenção dos moradores do Guamá. Além disso, ele acredita que o desfile serviu para reforçar a consciência ambiental das crianças que participaram. 'Este é só o segundo ano de evento. A cada ano deve crescer e conscientizar mais', afirma.
De acordo com a presidente da associação de moradores do Pantanal, Maria de Fátima Marçal, há um projeto em andamento para revitalizar o canal do Tucunduba dentro de 39 meses. 'Mas não adianta ajeitar agora e as pessoas continuarem sujando. Vai voltar tudo ao que era antes. Temos que nos conscientizar logo para poder manter tudo limpo', afirma. Um dos desafios da obra, financiada pelo Governo Federal, é retirar casas construídas em cima do canal e também a implantação do Projeto Ambiental de Dragagem. 'Carnaval não é só violência e desgaste, mas também uma alegria saudável, sem bebida e sem provocar ninguém. Aqui tem muita gente querendo melhorar o lugar onde se vive e mostrar que não tem só violência', completa.
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