Ana Júlia Carepa, a perdedora

A governadora do Pará, Ana Júlia de Vasconcelos Carepa, foi a grande perdedora, é a grande derrotada depois do cabo-de-guerra que travou com o PMDB de Jader Barbalho na eleição da nova Mesa da Assembléia Legislativa do Estado.
Um cabo-de-guerra que deixou as relações entre PMDB e PT igualzinho a este fiapo que liga os dois pedaços de corda, como mostra a foto aí em cima.
Sem tirar nem pôr, sem meias palavras, sem rodeios: Ana Júlia é a grande derrotada. Inegavelmente, é a grande perdedora.
A governadora Ana Júlia, que fez e faz história por ser a primeira mulher a governar o Pará, já coleciona quatro momentos inesquecíveis, marcantes e reveladores de sua gestão.
Primeiro, logo no início de seu mandato, quando nomeou a cabeleireira Manuella Figueiredo Barbosa e a esteticista Franciheli de Fátima Oliveira da Costa para funcionarem como assessoras especiais do gabinete da governadora.
Depois, quando estourou o caso da adolescente seviciada, torturada e seguidamente estuprada por detentos, com os quais dividia a cela da delegacia no município de Abaetetuba. Em seguida, quando se revelou que a UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia do Pará transformou-se num matadouro, após o registro das mortes de dezenas de bebês.
E agora, com esta eleição para a Mesa da Assembléia Legislativa do Estado.
Teve como coisa boa de 2006 até agora?
Teve sim.
É claro que teve. Mas deixemos a cargo da Agência Pará de Notícias – onde, aliás, atuam amigos do pessoal da redação do Espaço Aberto, todos competentes e dedicados – relacionar os feitos sensacionais do governo Ana Júlia. Do contrário, nossos colegas da Agência Pará ficarão ociosos, porque outros dirão pelo governo o que o governo deve dizer por si mesmo: que nunca antes, na história deste Estado, houve um governo melhor do que este.
Mas esses quatro momentos do governo Ana Júlia merecem ser realçados, no futuro, como os mais negativos, até agora, do governo petista.
E entre os quatro momentos mencionados, este último, o da eleição para a presidência da Assembléia, foi o mais patético.
Sinceramente.