No AMAZÔNIA:
Os dados agora são oficiais. No mês de junho, o número de óbitos de bebês na Santa Casa de Misericórdia do Pará fechou em 54 mortes, de um total de 255 internações. Neste mês de julho, até o dia 7, foram nove óbitos entre os 47 bebês internados. Somados, os números resultam em 63 mortes em menos de 40 dias. Os dados oficiais foram apresentados ontem pelo novo presidente da Santa Casa de Misericórdia do Pará, Maurício Bezerra, durante a sua cerimônia de posse, no auditório da instituição. Das 54 mortes ocorridas em junho, 44 ocorreram na UTI neonatal. Bezerra anunciou medidas imediatas para diminuir a mortalidade, como a contratação de 30 novos leitos, sendo 20 de UTI neonatal (10 em Belém e 10 em Ananindeua) e 10 de Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) em Castanhal.
Bezerra também anunciou a liberação imediata de R$ 1 milhão em recursos via Ministério da Saúde (MS), de um total de R$ 7 milhões em projetos aprovados desde o ano passado, mas que não tiveram o dinheiro liberado. Essa primeira parte, segundo Bezerra, será investida prioritariamente no atendimento neonatal, que é a área mais crítica no momento.
O médico atribuiu o alto número de mortes dos últimos dias a causas diversas, mas não descartou a possibilidade de infecção hospitalar, que ainda está sob investigação. 'As mortes não têm uma causa única, mas, sim, multifatoriais. Mas nós não descartamos a possibilidade de infecções', informou o médico.
Ele disse ainda que outra medida imediata foi a transferência de um dos berçários para um novo espaço que não abre novos leitos, mas é mais amplo e readequado de acordo com os padrões da Vigilância Sanitária. 'Ainda não é o espaço ideal, definitivo, mas é muito melhor do que o que estava sendo utilizado antes, e isso reduz o número de bebês internados no mesmo local', informou.
Maurício Bezerra lembrou que o hospital, de 404 leitos, é o único pólo neonatal que recebe pacientes de todos os municípios do interior e, por isso, está sempre sobrecarregado. Os 110 leitos de neonatologia, dos quais 22 são de UTI, são ocupados por 60% de mães do interior do Estado. Dos atendimentos, 80% são de gestações de alto risco, sendo 30% de gravidez de adolescentes, uma faixa também de alto risco, segundo explicou o médico.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autorizou ontem o repasse de verbas para a Santa Casa. Será R$ 1 milhão para a compra de equipamentos hospitalares e mais R$ 200 mil mensais, mantidos por um período de seis meses, para a aquisição de novos leitos de terapia intensiva na rede privada do Estado. O anúncio do Ministério da Saúde ainda garante que será entregue a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) duas ambulâncias com máquinas ventiladores pulmonares aspiradores de secreção, conjuntos de laringoscópio adulto e pediátrico, contos de maca a vácuo de imobilização e conjuntos de oxigênio portátil.
Mais aqui.
Os dados agora são oficiais. No mês de junho, o número de óbitos de bebês na Santa Casa de Misericórdia do Pará fechou em 54 mortes, de um total de 255 internações. Neste mês de julho, até o dia 7, foram nove óbitos entre os 47 bebês internados. Somados, os números resultam em 63 mortes em menos de 40 dias. Os dados oficiais foram apresentados ontem pelo novo presidente da Santa Casa de Misericórdia do Pará, Maurício Bezerra, durante a sua cerimônia de posse, no auditório da instituição. Das 54 mortes ocorridas em junho, 44 ocorreram na UTI neonatal. Bezerra anunciou medidas imediatas para diminuir a mortalidade, como a contratação de 30 novos leitos, sendo 20 de UTI neonatal (10 em Belém e 10 em Ananindeua) e 10 de Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) em Castanhal.
Bezerra também anunciou a liberação imediata de R$ 1 milhão em recursos via Ministério da Saúde (MS), de um total de R$ 7 milhões em projetos aprovados desde o ano passado, mas que não tiveram o dinheiro liberado. Essa primeira parte, segundo Bezerra, será investida prioritariamente no atendimento neonatal, que é a área mais crítica no momento.
O médico atribuiu o alto número de mortes dos últimos dias a causas diversas, mas não descartou a possibilidade de infecção hospitalar, que ainda está sob investigação. 'As mortes não têm uma causa única, mas, sim, multifatoriais. Mas nós não descartamos a possibilidade de infecções', informou o médico.
Ele disse ainda que outra medida imediata foi a transferência de um dos berçários para um novo espaço que não abre novos leitos, mas é mais amplo e readequado de acordo com os padrões da Vigilância Sanitária. 'Ainda não é o espaço ideal, definitivo, mas é muito melhor do que o que estava sendo utilizado antes, e isso reduz o número de bebês internados no mesmo local', informou.
Maurício Bezerra lembrou que o hospital, de 404 leitos, é o único pólo neonatal que recebe pacientes de todos os municípios do interior e, por isso, está sempre sobrecarregado. Os 110 leitos de neonatologia, dos quais 22 são de UTI, são ocupados por 60% de mães do interior do Estado. Dos atendimentos, 80% são de gestações de alto risco, sendo 30% de gravidez de adolescentes, uma faixa também de alto risco, segundo explicou o médico.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autorizou ontem o repasse de verbas para a Santa Casa. Será R$ 1 milhão para a compra de equipamentos hospitalares e mais R$ 200 mil mensais, mantidos por um período de seis meses, para a aquisição de novos leitos de terapia intensiva na rede privada do Estado. O anúncio do Ministério da Saúde ainda garante que será entregue a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) duas ambulâncias com máquinas ventiladores pulmonares aspiradores de secreção, conjuntos de laringoscópio adulto e pediátrico, contos de maca a vácuo de imobilização e conjuntos de oxigênio portátil.
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