sexta-feira, 3 de outubro de 2008

TV Liberal faz último debate

No AMAZÔNIA:

A TV Liberal fez ontem à noite o debate entre os candidatos à prefeitura de Belém. Participaram as candidatas Valéria Pires Franco (DEM) e Marinor Brito (Psol), e os candidatos Mário Cardoso (PT), José Priante (PMDB), Arnaldo Jordy (PPS) e o candidato a reeleição, Duciomar Costa (PTB). O debate começou às 22h13, terminando pouco depois da meia-noite. Os candidatos Valéria Pires Franco e José Priante, que, segundo as pesquisas, disputam a segunda colocação, protagonizaram os momentos de maior tensão na noite. Valéria falou de desvios na Sudam e Priante quis fazer uma 'pegadinha' com a candidata do DEM, perguntando sobre a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). O debate teve quatro blocos, sendo dois de temas livres e dois de temas sorteados ao vivo, no estúdio, pela mediadora da Rede Globo, jornalista Cristina Serra.
No primeiro bloco, os temas foram sorteados pela mediadora. Duciomar Costa perguntou para Mário Cardoso (PT) suas propostas de investimento para a Segurança Pública. Mário disse que vai aumentar o efetivo da Guarda Municipal.
O segundo tema foi Cultura. Mário Cardoso perguntou para Arnaldo Jordy sobre o seu programa para a área. Jordy disse que irá passar de 0,5% o investimento do orçamento em Cultura para 1,5%.
O terceiro tema foi Saneamento. Jordy perguntou para Marinor Brito onde seriam aplicados os recursos nessa área. A candidata afirmou para irá investir principalmente na bacia do Una e na continuação da bacia do Tucunduba, iniciada na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, que hoje integra as filerias do PSOL. O quarto tema foi Indústria e Comércio, seguido do Trânsito. O sexto e último tema sorteado no primeiro bloco foi Saúde. Priante perguntou para Duciomar porque ele não construiu um novo Pronto Socorro na cidade. O candidato à reeleição justificou que não construiu um novo PSM, mas ampliou os investimentos em Saúde.
Nos blocos seguintes, os candidatos aproveitaram para alfinetar seus principais adversários, principalmente o prefeito de Belém, Duciomar Costa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Inicio meus comentários afirmando que o debate da Liberal poderia ter rendido mais, tendo sido prejudicado pelo pouco tempo oferecido aos candidatos e a tolerância zero da boa mediadora Cristina Serra, preocupada em seguir draconianamente as regras, até mesmo desligando microfones ato contínuo ao término do tempo. Logo na apresentação dos candidatos, Valéria apareceu na tela com expressão séria, preocupada, mudando para um sorriso forçado ao perceber estar sendo filmada. O debate começou insosso, o Jordy atrapalhado e lendo perguntas rabiscadas em um pedaço de papel amarrotado. Mário, Valéria e Marinor também trouxeram perguntas de casa, porém mais organizadas, impressas em bom papel e arrumadas em pastas, coisas de assessoria... Priante não leu perguntas e mostrou-se muito seguro. Notei que tanto Jordy quanto Mário evitaram debater com Priante e Valéria no início, possível estratégia para forçar ao choque dos dois, como de fato aconteceu adiante. Valéria, certamente informada com antecedência da cor azul do cenário, veio com elegante roupa branca, objetivando aparecer na tela com destaque, brilho. Esqueceram de dizer a ela que a cadeira do cenário, de espaldar alto, também era da cor branca, o que causou a impressão de que sua cabeça flutuava, apartada do corpo, no panorama azul do estúdio. Imediatamente lembrei-me do Gato Risonho, personagem da fábula de Lewis Carrol, popularizada nos anos 50 por Walt Disney: “Alice no País das Maravilhas”. O título me soou como alusão ao pouco ou nenhum comprometimento das propostas da candidata com a realidade, na tentativa vã de posar como protagonista quando agora, em queda livre, é mera espectadora das coisas que acontecem ao seu redor. Mário e Marinor previsíveis, de vermelho, evidenciavam suas opções ideológicas. O mestre Duda Mendonça errou ao mandar o Dudú ao debate com vistosa camisa amarela, cor dominante de sua campanha, alastrada por Belém tal qual praga, com milhares de pessoas pagas para balançar bandeiras, segurar painéis, pintar muros e etc. Dudú de amarelo parece doente, cansado, seu corpo franzino parece menor ainda, evidenciando o cabeção enorme, ladeado por grandes orelhas, seguramente precioso material de estudos para seguidores do Professor Cesare Lombroso. Aliás, sob nova orientação, tudo que o Duciomar faz agora é mandar procurar a confirmação das suas afirmativas na internet, esquecendo-se de informar o endereço dos sites. A estratégia do atual Prefeito foi fazer perguntas ao Mário, na tentativa de polarizar com o candidato petista, demonstrando assim sua preferência em tê-lo como adversário mais fraco no segundo turno. Dudú, sob nova direção, inicia todas as suas falas com a afirmativa óbvia de que os outros candidatos não vão elogiá-lo, que seria uma surpresa receber boas referências deles. Repete isso quinhentas vezes, se tiver oportunidade, chegando até a ser cansativo nisso. Valéria, apesar de boa apresentadora de telejornais e programas eleitorais gratuitos, sempre ancorada no teleprompter, pareceu-me péssima atriz, caindo mesmo no deboche ao proferir a frase “olhe nos meus olhos e deixe de lero-lero...” para o seguro e bem articulado Priante. Marinor quase acorda o sonolento Mário ao criticá-lo por colocar nas ruas milhares de militantes de aluguel, pessoas pagas, desonrando com isso a história de lutas populares do PT. E as propostas da Valéria? Essa tal de “Educação em Tempo Integral”? Tempo integral para mim é todo o tempo. Será que ela quer construir internatos municipais? E a balela das passagens de ônibus gratuitas para desempregados, tão bem derrubada pelo Jordy, que ela ainda insiste em prometer? Coisas de candidato sem consistência... Neste debate a baixaria foi provocada pelo desespero da candidata “queda-livre” do DEM. Quem no Pará não sabe que o Priante é primo do Deputado Jader Barbalho? E o que tem isso de mais? Acho que o Priante até ganhou votos com isso, pois o líder maior do PMDB tem sido o candidato mais votado em nossa capital, por diversas eleições, sendo detentor de imensa legião de admiradores, fruto do seu trabalho incansável em defesa do Pará e de seu povo humilde, de menor poder aquisitivo. Para mim o candidato melhor para Belém é o Priante, sem dúvida. Priante tem propostas sérias, exeqüíveis (ainda se pode usar o trema?). Priante é o único entre os candidatos postos capaz de dinamizar nossa cidade com sua juventude, vontade de trabalhar, de buscar recursos tanto no governo estadual quanto no federal, fruto da enorme dívida que Ana Júlia e Lula têm com ele e com o PMDB do Pará. Termino minhas considerações pedindo desculpas pelo texto prolixo e, parafraseando o Vereador José Scaff Filho no horário político de ontem, recomendo: Petista consciente vota no Priante. Voto útil, amigos, para evitar o confronto do ruim com a péssima no segundo turno, nos deixando sem escolha possível. Priante e Pirão para nos tirar do marasmo e conduzir nossa Belém de volta ao progresso e ao patamar de melhor cidade do norte do Brasil!

Anônimo disse...

Boa noite, caro Poster:

o atilado eleitor do ex-deputado Priante faz uma avaliação otimista demais: em 2002, o ínclito Deputado Jader Barbalho quase perde em Belém para a sua cria Wladimir Costa (98.815
e 84.514, respctivamente). Em 2006ultrapassou sua cria (83.102 e 64.479) mas teve bastante diminuída sua votação, em relação a 2002.

O primo faz bem em esconder o parentesco. Seu marqueteiro é esperto.

Quanto á "escolha" no segundo turno, em torno de Duciomar ou Priante, o voto verdadeiramente útil é o voto nulo. Foi-se o tempo em que escolher o "menos" pior era fortalecer a democracia.

Democracia hoje é votar no melhor e quando isso não for possível, é o não-voto como resposta.

Abraços, Paulo.