No AMAZÔNIA:
Reunidos em assembléia na noite de ontem, os bancários da Caixa Econômica Federal no Pará e no Amapá votaram pelo fim da greve e conseqüente aceitação da proposta feita pela direção do banco. A proposta aceita é a mesma que foi recusada durante a assembléia de quarta-feira, quando a maioria dos bancários decidiu pelo término da paralisação. Os grevistas tinham esperança que durante a reunião de ontem à tarde, em Brasília, a diretoria do banco apresentasse uma nova proposta, o que não ocorreu. Os representantes da Caixa afirmaram não ter possibilidades de aumentar as propostas relativas às cláusulas econômicas (como reajuste e PLR), mas garantiu manter na mesa de negociação permanente as discussões em torno do Plano de Cargos e Carreira (PCC).
O diretor do Sindicato dos Bancários PA/AP e empregado da Caixa Econômica, Rafael Mesquita, enxerga vitórias alcançadas pelo movimento. 'Apesar do acordo alcançado não ter sido o ideal para nós, saímos dessa greve de cabeça erguida, porque garantimos novas conquistas, conseguimos trazer muitas pessoas novas para o nosso movimento no Pará e no Amapá e fortalecemos ainda mais a unidade dos trabalhadores na empresa'.
Uma das conquistas dos bancários foi o processo de promoção por merecimento. A Caixa divulgou que este acontecerá até abril de 2009, mas as promoções resultantes serão aplicadas retroativamente a janeiro do mesmo ano. O banco também se comprometeu em abonar a falta dos trabalhadores que participaram da greve de 24 horas no dia 30 de setembro. Além disso, afirmou que a paralisação de ontem, dia 23, terá o mesmo tratamento dado aos demais dias de greve pela proposta da Fenaban, ou seja, compensação. No entanto, a compensação na Caixa será feita até o dia 16 de dezembro, enquanto os restantes até o dia 15.
A negociação geral, realizada junto a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), foi satisfatória para a categoria. De acordo com a proposta aprovada, o índice de reajuste salarial é de 10% para quem recebe até R$ 2.500 e de 8,15% para quem recebe acima deste valor. Em relação a Participação nos Lucros (PLR), os bancos propõem 90% do salário mais parcela fixa de R$ 966, com teto de R$ 6.301. A Caixa era o banco onde a greve teve mais força já que conta com a maior adesão.
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