No AMAZÔNIA:
O domingo que marcou a escolha do novo prefeito municipal foi tranqüilo na capital paraense. Até o final da manhã a votação ocorreu dentro da normalidade nas zonas eleitorais, sendo que apenas seis, das mais de 2.300 urnas eletrônicas, haviam sido substituídas até o meio-dia, número considerado inexpressivo pelo Procurador Regional Eleitoral, Ubiratan Cazzeta, pelo desembargador João Maroja, vice-presidente do do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e pelo diretor-geral do tribunal, Paulo Reis.
Nas ruas, desde cedo 2 mil policiais militares fizeram a segurança, com reforço de 300 agentes da Polícia Federal e mais 1000 homens do Exército. Mesmo assim, a proibição da venda de bebidas alcoólicas durante o período de eleições, conhecida como lei seca, não foi levada a sério em Belém. Pelas ruas da cidade foi possível encontrar bares e depósitos funcionando normalmente. No bairro da Cremação, a poucos metros da seccional do bairro, bares seguiam vendendo cerveja normalmente. Nas mesas, postas na calçada, os eleitores estavam mais preocupados em saciar a sede do que escolher o futuro prefeito da cidade. A lei seca entrou em vigor, em Belém, às 2 horas da madrugada de ontem e se estendeu até às 17 horas de ontem.
A proprietária de um dos bares mais movimentados na rua Apinagés, identificada apenas como Lizete, contou que o movimento de ontem era o mesmo dos outros domingos. 'Eu até deixaria de vender cerveja se os outro bares daqui fizessem o mesmo. Mas estão todos funcionando normalmente e o movimento está bom. Não podia deixar de ganhar dinheiro.', alegou.
O artesão Sérgio Augusto, estava no bar desde às 10 horas da manhã. Acompanhado por um amigo, ele tinha no bolso o título de eleitor, mas só pretendia sair do bar às 16 horas. 'Eu sempre voto no final da tarde porque é mais tranqüilo. Primeiro, eu paro aqui no bar para conversar e esfriar a cabeça. Depois eu vou votar'. Para Sérgio, a lei seca 'ficou só no papel'. 'Essa lei nunca valeu por aqui. Agora há pouco passou uma viatura da policia civil aqui na frente, mas eles não fizeram nada', afirmou.
Boca-de-urna - No Guamá e no Jurunas, a eleição dentro dos colégios foi tranqüila, mas houve registo de casos de boca-de-urna em vários locais. Em frente à escola Municipal Padre Leandro Pinheiro, no Guamá, eleitores do Duciomar Costa (PTB) e de José Priante (PMDB) balançavam bandeiras e convidavam as pessoas para votar em seus respectivos candidatos. Os policiais que estavam cuidando da segurança do colégio não sabiam nem em quais casos a manifestação dos eleitores era considerada crime eleitoral. Somente após a equipe de reportagem de O Liberal e do Amazônia questionar o assunto, eles decidiram agir e acionar a Justiça Eleitoral.
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