Do professor e jornalista Marcelo Vieira, sobre a postagem Voto facultativo melhoraria a qualidade das eleição:
[...]
Concordo que as eleições deveriam ser facultativas, mas daí a concluir que a maioria que deixará de ir às urnas é exatamente a que vota mal já é entrar no terreno do "pensamento positivo".
O direito de não querer votar precisa ser valorizado porque é uma prerrogativa democrática. Atrelar isso a questões utilitárias, ainda mais de difícil comprovação como essa, nivela (muito) por baixo o debate.
2 comentários:
Do administrador e analista judiciário Oswaldo Chaves:
Respeitar a opinião é sinônimo de democracia também, então me permita debater um pouco da tese em tela.
Votar é, além de um ato democrático, uma ação estratégica que o eleitor executa para manifestar a sua vontade ou para minimizar as mazelas que porventura aquela ou aquele candidato (que certamente não seria o seu) vier a realizar.
Então, reflito com uma frase básica na política: ou você ajuda a fazer a política possível, senão a ideal, ou você sofrerá a política imposta pelos outros (outras).
Assim, prefiro ajudar a construir uma política possível do que esperar sentado a política que tragam pronta para mim.
Pragmaticamente votarei Priante...
Nenhuma liberdade teremos se não nos for dada a oportunidade de escolher sobre a própria liberdade.
Uns dizem que o direito mais importante é a vida; mas que vale a vida sem a liberdade?
Não se pode violentar a opinião alheia apenas porque achamos que seu argumento "nivela (muito) por baixo o debate".
Podemos até discordar das idéias dos outros, mas devemos nos compromoter, até à morte, com o direito que têm para dizê-las.
E isso sem ofensa, sob pena de aí sim diminuir-se o debate.
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