sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da Silva explica adeus ao Leão

No AMAZÔNIA:

O zagueiro Da Silva, que juntamente com o lateral-direito Cicinho recorreu à Justiça do Trabalho para deixar o Remo, rompeu, ontem, o silêncio e explicou a sua saída do Baenão. O jogador, revelado nas divisões de base do clube, contou que vinha passando por dificuldades financeiras em função do atraso de quase quatro meses no pagamento dos salários no clube. O defensor afirmou que não tem clube em vista e que viajará para sua cidade de origem, Itinga, na fronteira do Pará com o Maranhão, para descansar ao lado de sua família.
'A decisão de sair (do Remo) foi motivada pelas dificuldades que eu vinha enfrentando', afirmou Da Silva. 'Não estava recebendo meus salários e ainda por cima estava sendo obrigado a gastar as poucas economias que tenho', completou. O zagueiro afirmou que chegou ao limite. 'Não dava mais para suportar. Chega uma hora em que ninguém aguenta só gastar sem receber nada', disparou o treinador. Na avaliação do zagueiro, a debandada do Baenão ocorreu na hora certa. 'Acho que estou saindo no momento exato', avaliou.
Da Silva assegurou que não tinha mais como continuar no Baenão com o clube em dificuldades financeiras. 'Não dá nem para trabalhar direito. O jogador fica sem cabeça, sabendo que tem contas a pagar e que no final do mês não terá o seu salário no bolso', desabafou. O jogador também mostrou-se insatisfeito com o fato de a diretoria ter privilegiado alguns jogadores com o pagamento de vales maiores. 'Alguns recebem mais do que os outros, quando todo mundo é igual e merecia, no meu entendimento, o mesmo tratamento', disparou.
Apesar de mostrar-se aborrecido, Da Silva afirmou que está deixando o clube sem mágoas. 'Não tenho nada contra quem quer que seja', garantiu. O jogador chegou, inclusive, a falar em retornar ao clube em outra oportunidade. 'Quem sabe se no futuro não estarei aqui novamente. No futebol é comum sair e voltar', comentou. Segundo ele, por diversas vezes procurou a direção do clube para negociar. 'Só que ninguém aparecia e quando aparecia não dava satisfação', acusou. 'Por isso tomei a decisão de sair sem comunicar nada a ninguém', concluiu.

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