Na ÉPOCA:
A estudante Eloá Cristina Pimentel, na janela do apartamento em que foi mantida refém por quatro dias. Ela levou dois tiros
Até a semana passada, Lindemberg Alves, de 22 anos, era bem-visto pelos moradores do conjunto habitacional onde vive, em Santo André, São Paulo. Descrito como “sossegado” e “trabalhador”, Liso, como é conhecido, fazia parte do grupo dos “meninos bons” – aqueles que não se envolvem com drogas nem com a bandidagem. Curtia bailes funk e gostava de andar de moto pelo bairro. Um de seus passatempos era comer pão com mortadela e tomar refrigerante com os companheiros de futebol, com os quais se reunia na calçada diante de um barzinho. Na segunda-feira 13, num apartamento de 53 metros quadrados com pintura verde e bege envelhecida, no 2º andar do bloco 24, o sossegado Liso perdeu o controle. A princípio, ele parecia querer apenas que a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, o aceitasse de volta. Mas o rapaz fez quatro reféns e deu início ao mais longo caso de cárcere privado do Estado de São Paulo. Foram mais de cem horas de tensão. No começo da noite da sexta-feira, cerca de 18 horas, a polícia invadiu o local depois de ouvir o som de um tiro vindo de dentro do apartamento. Os agentes encontraram Eloá inconsciente, atingida por um disparo na cabeça e outro na virilha. Até o fechamento desta edição, ela continuava internada em estado gravíssimo. Nayara da Silva, de 15 anos, também mantida refém, foi alvejada com um tiro no rosto. Segundo os médicos, ela não corria risco de morte.
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