domingo, 2 de dezembro de 2007

Por que não vão até o Tourinho?

A coluna "Repórter 70" de ontem, de O LIBERAL, publica a seguinte nota:

Procura-se

Começou quinta-feira a contagem de prazo de dez dias para que o ex-presidente do Paysandu Arthur Tourinho apresente defesa e testemunhas no processo aberto contra ele pelo conselho de administração do clube. Tourinho já avisou que lá não vai, mas está disposto a se explicar, desde que seja procurado. O relator do processo, Sebastião Haber, reage com uma frase seca: 'Jamais o conselho fará isso'. A peleja tem tudo para render bons lances.

Mas por que não vão aonde o Tourinho está? Por que o relator do processo e quem mais tenha interesse não aceitam o desafio do ex-cartola e vão até ele?

Tourinho está blefando, quando diz que só fala se for procurado, que só fala se os membros do Conselho do clube forem até seu gabinete na Jucepa, até sua casa, seja lá aonde for.

Tourinho não tem o que dizer, não tem como explicar as dívidas colossais - estimadas em R$ 3,5 milhões - que deixou de herança para o clube em sua gestão que, diz ele, foi "vitoriosa".

Como não tem o que dizer, recusa-se a prestar esclarecimentos e comprovar seus gastos. Prefere desafiar os conselheiros do Paysandu a que o procurem. E os conselheiros caem no blefe de Tourinho, porque também se recusam a ouvi-lo no, digamos, foro privilegiado que ele escolheu para si mesmo.

E assim fica Tourinho de lá, na dele, e os conselheiro de cá, também na deles. Um não fala com o outro, o outro não fala com o um. Ótimo para o Tourinho, que assim não explica a ninguém o inexplicável que é o rombo que deixou. Mas péssimo para o Paysandu, ainda engolfado em dívidas, a maior parte delas legado de Tourinho.

Aliás, em sua primeira página, edição deste domingo, O LIBERAL dá como chamada:

Cadê os 3,5 milhões, TOURINHO?

Dinheiro da venda de jogadores não aparece na prestação de contas do ex-presidente, que pode ser banido do Paysandu.

Pobre futebol paraense.

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