domingo, 23 de dezembro de 2007

A reforma no secretariado de Ana Júlia

Nomes – que supostamente vão sair e supostamente vão entrar – é o que não faltam, nas especulações sobre as mudanças que a governadora Ana Júlia vai fazer no seu secretariado.
Mas tudo, claro, são especulações. Há algumas certezas, porém.
Os secretários de Educação, Mário Cardoso, e Suely Oliveira, da Sedurb, vão pular fora para disputar as eleições municipais.
A secretária de Segurança, Vera Tavares, também deixará o cargo, mas não por motivos eleitorais, e sim por causa da degringolada na área da Segurança Pública que teve como ponto (tristemente) marcante o caso da menor L., presa com homens na delegacia de Abaetetuba. Quanto aos demais secretários, a permanência de todos é precaríssima, à exceção, claro, dos que integram o círculo palaciano, aqueles mais próximos da governadora e alguns até mesmo de sua escolha pessoal.
Ana Júlia, nesta reforma, tem um grande nó a resolver. É o caso da Secretaria de Saúde (Sespa), até agora dirigida por Halmélio Sobral.
Halmélio é da cota peemedebista. Entrou no governo como priantista, apadrinhado do ex-deputado José Priante. Não completou nem um ano nesta condição. Há cerca de dois meses, Priante jogou a toalha e, numa carta a Ana Júlia, informou o que pode ser resumido no seguinte: que Halmélio poderia até ficar no governo – como acabou ficando -, mas nada tinha mais a ver com ele, Priante.
Mas um observador especula que o caso de Halmélio pode até ser o mais simples para Ana Júlia resolver: como ele é igual à rainha da Inglaterra, que manda mas não governa - ou no caso, é secretário mas quem manda são os petistas que ocupam cargos na cúpula da Sespa -, Halmélio pode entregar o lugar antes mesmo que a governadors peça o cargo, se é que ela vai pedir.
As mudanças passarão, inevitavelmente, por entendimentos com o deputado federal Jader Barbalho (PMDB), que dispõe de canal privilegiado com a governadora. Jader é a última das últimas lideranças com quem Ana Júlia gostaria de se indispor. Mas também sabe que as mudanças são necessárias não apenas para imprimir um dinamismo maior ao governo, mas para indicar uma linha de ação ao partido e ao próprio governo nas eleições municipais do próximo ano.
E nas eleições 2008, é certo, o PT terá candidato próprio. Esse detalhe é que exigirá de Ana Júlia toda a habilidade possível para não desfazer a aliança que a ajudou a ganhar o pleito do ano passado.

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