quarta-feira, 29 de julho de 2009

Paraense corre aos postos de saúde

No AMAZÔNIA:

O movimento de pessoas nos postos de saúde da capital aumentou em 60% neste mês de julho em relação ao mesmo período do ano passado. A justificativa está na busca por informações relacionadas à gripe A, que vem deixando boa parte da população muito preocupada. Segundo a diretora da unidade da Sacramenta, Daniele Lima, em média são atendidos diariamente 80 pacientes, sendo que a metade dos casos está relacionada ao vírus da Influenza A (gripe suína) e apresentam dificuldade na respiração. Para a diretora, o movimento tende a ser crescente a partir de agosto, em virtude do final das férias. Devido ao aumento do número de casos, os postos de saúde de Belém estão preparando salas especiais para receber os pacientes com suspeita de contaminação.
Conforme avalia Daniele, o espaço servirá para o acolhimento e tratamento dos possíveis infectados. 'A gripe A é uma doença que requer confinamento, devido à facilidade de transmissão. Por isso fazemos uma triagem dos pacientes no salão de espera - e se os sintomas forem realmente detectados, a pessoa será transferida para uma sala específica própria para o tratamento da Influenza A, que irá dispor de um técnico de enfermagem e um enfermeiro para conduzir os casos', explica. A diretora afirma que depois de confirmada a contaminação, os pacientes devem ser encaminhados para o Hospital Universitário João de Barros Barreto ou seguir para o tratamento em casa.
Daniele observa que é grande o número de pessoas com dispneia - desconforto para respirar, dor de garganta, coriza e tosse. 'Os pacientes que apresentam este quadro clínico acreditam estar infectados', revela. No entanto, apenas 30% das notificações feitas entre maio e julho foram positivas. A maioria dos infectados chegou há pouco tempo de rotas internacionais. 'Ainda assim, não nos centramos mais nas viagens, mas, sim, nos sintomas agudos. Para isso, fizemos inúmeros treinamentos neste mês, e estamos preparados para receber os pacientes', declara a diretora.
A dona de casa Joyce Helena Silva, que está fazendo um tratamento médico em um posto de saúde municipal, teme a gripe, mas não sabe como combatê-la. 'Eu só escuto falar da gripe A, sei que é perigosa, mas não sei direito como se contrai e o que fazer para curá-la. É lógico que aqui na unidade de saúde estou correndo o risco de me contaminar, porém não tenho escolha', afirma. O ajudante de montagem Domingos Alves diz que está sentido dores nasais e de cabeça, além da garganta também incomodá-lo. 'Estou mal desde ontem. Tomei um remédio, que nem lembro o nome e fui deitar - porém, quando acordei, estava me sentindo pior. Pelos sintomas, possivelmente estou contaminado', afirma.

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