sexta-feira, 22 de março de 2019

Maia joga a toalha. E joga a reforma da Previdência nos peitos do Capitão.


Vish!
Parece que a coisa vai, digamos assim, de mau a piau.
Mas, é claro, torcemos para não degringolar.
Perfilados, estamos sempre bradando: Avante, Brasil.
Já foi dito aqui no blog, várias vezes, que o governo do Capitão não tem articulação política.
Não é, vejam bem, que a articulação política do governo do Capitão esteja ruim.
Não.
Inexiste, pura e simplesmente inexiste, articulação política.
Pois é.
Quem vinha fazendo as vezes de articulador político (ad hoc, digamos) era o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mas os últimos acontecimentos – as declarações despirocadas do Capitão sobre a velha política, o confronto com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e agora a prisão de Moreira Franco, casado com a sogra do deputado – levaram o presidente da Câmara a dizer mais ou menos assim: “Explodam-se” (mas cada leitor fique à vontade, por favor, para manejar sua criatividade verbal e escolher outro verb
o que se afeiçoe de forma mais contundente às circunstâncias).
Maia, tudo indica, mandou o governo do Capitão pras cucuias (também vocês podem usar termo popular mais adequado, se quiserem).
A “Folha” está informando, em matéria da jornalista Mônica Bergamo, que nesta quinta-feira (21), em telefonema ao ministro Paulo Guedes, da Economia, Maia avisou-lhe que a responsabilidade por conquistar votos para a reforma da Previdência, a partir de agora, será do presidente Jair Bolsonaro. E não mais dele.
Maia negou à jornalista que tivesse feito afirmações no tom relatado. Mas disse que, sim, a responsabilidade de buscar votos para a aprovação da reforma é de Bolsonaro. "O papel de articulação do executivo com o parlamento nunca foi e nunca será do presidente da Câmara", afirma.
"Eu continuo ajudando. Sei que a reforma da Previdência é fundamental e não abro mão dela", diz. "E concordo com o presidente [Bolsonaro]: é preciso construir uma maioria de uma nova forma. Essa responsabilidade é dele", segue.
"Quando ele [Bolsonaro] tiver a maioria e achar que é a hora de votar a reforma, ele me avisa e eu pauto para votação. E digo com quantos votos posso colaborar", diz Maia.
Ou não? 

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