Sim, não há dúvida.
Nenhuma dúvida.
Vitor Belfort é um dos maiores atletas do UFC.
É um fenômeno, sim.
Mas por isso - por ser um fenômeno, um grande atleta, pra lá de experiente - é que não deveria fazer o que fez.
E o que fez?
Deu mole, como se diz, pra Jon Jones, que o finalizou no último sábado.
Belfort diz que aliviou a pressão sobre Jon Jones quando o braço do adversário estalou durante uma chave logo no começo da luta.
É fato que isso verdadeiramente aconteceu.
O próprio Jones confessou que nunca sentiu dor pior do que essa.
Pergunta-se, no entanto: por que Belfort aliviou a pressão?
Por pena de Jones?
Por alta dose, digamos, de desportividade?
Aquilo ali é uma luta.
Belfort, se mantivesse a pressão e até aumentasse, não estaria ofendendo regra nenhuma do UFC.
Jones é o maior lutador do mundo em sua categoria.
Tem um poder de recuperação impressionante.
Belfort não deveria aliviá-lo mesmo se o adversário estalasse todinho, da cabeça aos pés.
Como não observou essa regra, foi ele próprio finalizado por Jones.
Que não teve pena de Belfort.
Como não teve de Lyoto Machida.
E como não terá, certamente, pena de nenhuma dos adversários que vierem a desafiá-lo.
2 comentários:
Belfort é crente, tem um testemunho coerente e na hora H, pesou o valor de um cristão verdadeiro. Qualquer outro venceria a luta, neste caso. Mas ele fez o que era certo, por isso perdeu.
Meu amigo, o MMA não é esporte. O UFC não é uma federação, é uma organização particular, que seleciona os lutadores e promove suas lutas, sem base em ranking ou mérito, e sim em audiência e capital. Num esporte organizado, o campeão não se arriscaria numa aventura (luta marcada com um mês de antecedência para "tapar buraco", podendo perder o título) só pq é amigo do dono. A luta já começou com resultado definido. Pode escrever como o Belfort vai ganhar uma "recompensazinha" e vai "ser promovido" e disputar algum cinturão, mesmo depois de não ter sequer ameaçado o Jon Jones na luta (no único momento em que levou vantagem, absurdamente soltou o braço do cara). Essa luta e a de Chael Sonnen com Anderson Silva mostram muito bem que o UFC é business (o cara perdeu, foi pego com doping na luta de disputa do título, tava respondendo a processo e ainda "mereceu uma segunda chance"...). Serve para entreter (quem goste), mas não dá pra levar a sério!
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