Chega a perto a perto 500 o número de credores quirografários arrolados pela Celpa, no pedido de recuperação judicial remetido à Justiça no final de fevereiro. Mas esse número pode ser maior ou menor. Tudo vai depender, ainda, dos que se habilitarem no processo judicial em andamento. O edital convocando os credores da Celpa já foi publicado.
O Espaço Aberto apurou que, na relação apresentada ao Poder Judiciário, uma das maiores dívidas, senão a maior, é da Celpa junto aos investidores representados pelo The Bank of New York Mellon. O valor do débito reclamado é de R$ 443,605 milhões.
O Banco da Amazônia S.A. (Basa) também está mencionado como credor de uma dívida de R$ 123 milhões. O valor do crédito do Bradesco é de R$ 141 milhões. O montante relativo ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai a R$ 94 milhões. E apenas um escritório de Brasília é credor da Celpa em cerca de R$ 8 milhões.
Até agora, segundo apurou o blog, a Celpa tem demonstrado correção e boa vontade em abrir suas contas ao Poder Judiciário, para tentar vencer a concordata (antiga denominação da atual recuperação judicial) em que se encontra.
Resta saber a viabilidade o plano de recuperação que a empresa, oportunamente, ainda deverá apresentar. Mas não apenas isso: é preciso saber como se encaminharão, daqui para a frente, as pressões políticas, inclusive tendentes a defender a intervenção do governo federal para retomar a Celpa, saneá-la e submetê-la a um novo processo de venda.
Um comentário:
Caro Paulo,
de acordo com matéria do Estadão, deste domingo, 18, pode ter havido DESVIO de recursos na CELPA: veja o que colhi, no site do dep PUTY: ......."Recuperação judicial. Mas a situação mais grave é a da privatizada Celpa, do Pará, controlada pelo Grupo Rede Energia. Com mais de R$ 2 bilhões em dívidas e longe de alcançar os níveis de qualidade exigidos pela Aneel, a companhia entrou em um processo de recuperação judicial e corre até mesmo o risco de ter sua concessão cassada pela agência reguladora.
Segundo fontes do órgão fiscalizador, a empresa mantinha níveis satisfatórios de atendimento até 2004, quando uma mudança na legislação do setor permitiu as chamadas transferências de recursos entre empresas de um mesmo grupo.
Desde então, os índices de qualidade da empresa caíram vertiginosamente. Somente em 2009, cerca de R$ 600 milhões teriam saído do caixa da Celpa para outras companhias do Grupo Rede Energia. A reportagem procurou o grupo, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição."
Como sou apenas leitor, não percebi no Edital de Recuperação Judicial, publicado na sexta, 15, aqueles + de R$400 milhões para o Banco de NY. Não entendi por que essa parcela não está lá...
grande abraço,
João Bosco Almeida
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