terça-feira, 20 de março de 2012

Conselheiros afastados da OAB-PA contestam interventor


Os Presidentes de Comissões e Conselheiros que se licenciaram de seus cargos na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Pará, refutaram veementemente as acusações levianas do interventor, Roberto Busato, de que eles não trabalhavam e de que não fariam falta à Instituição.
O ouvidor licenciado da OAB/PA, Oswaldo Coelho, enviou ao interventor, um relatório das atividades durante sua gestão. Os atendimentos à população registraram um crescimento de 369,5% em 2011, em relação ao ano anterior. Isto representa a média mensal de 122 atendimentos/mês, no último ano, dentre outros números que constam do relatório.
“É insuportável, que dentro da OAB, não se respeitem a ética profissional e os princípios universais do direito como: a igualdade de todos perante a lei, o amplo direito de defesa, o contraditório, a verdade factual e a boa aplicação das leis, alicerces do Estado Democrático de Direito, bandeira sagrada da Instituição. Esta malfadada crise, que tem abalado o prestigio da OAB, possui dois vetores: o vírus da política partidária inoculado, sub-repticiamente na Instituição e o paradoxal desrespeito à Constituição da Republica, às leis e ao EAOAB, deflagrando um dos mais lamentáveisepisódios da sua história, expondo-a ao escárnio público e fragilizando-a, moralmente, perante as autoridades constituídas”, declarou.
A presidente licenciada da Comissão de Atividades Policiais da OAB e Vice -Presidente da Comissão de Prerrogativas, Ivanilda Pontes,  se diz surpresa com as declarações do interventor. “Ele está pior do que cego em tiroteio, ele não é de Belém, foi imposto, não sabe nada”, diz.   Para ela, o principal causador das intrigas é o Secretário Geral da Ordem, Mário Freitas, que deu ordens para que a Assessoria de Imprensa da Instituição a proibisse de dar entrevistas como criminalista que é, e também mandou cortar a linha telefônica da Casa do Advogado. “Estou desgostosa, constrangida, a OAB não é deles, é dos advogados; ficou um ambiente contaminado e quem perde é toda a sociedade. Na gestão do Dr. Jarbas Vasconcelos,tínhamos respeito. Toda essa situação é acintosa, vergonhosa. Quero que essa intervenção acabe logo para que os trabalhos na OAB sejam retomados”, declara.
O diretor presidente licenciado da Escola Superior de Advocacia / ESA, Luis Alberto Rocha, também se indignou com a declaração do interventor da OAB/PA. “Durante minha gestão na ESA, que começou em janeiro de 2010, encontramos a Escola fechada, sem cursos, nem eventos. Ainda no período de férias, começamos a fazer um curso por semana, subsidiado pela Ordem. Firmamos convênio com o Estado para desconto de cursos de pós graduação na Universidade do Amazonas; instalamos 11 antenas no interior e uma em Belém para que os advogados e estudantes pudessem fazer cursos não presenciais. Foram mais de mil advogados fazendo cursos. Arrecadamos duas toneladas de alimentos para instituições filantrópicas; organizamos seminário internacional e trouxemos quase toda a Comissão do Senado que discutia o novo código civil; realizamos conferênci a com mais de 1500 advogados, entre tantos eventos, por tudo isso é inconcebível essa acusação do interventor da OAB/PA”, diz Rocha.

Um comentário:

Marise Morbach disse...

Curioso que a OAB tenha que passar por práticas medievais em pleno período democrático. Interventor: quem diria?