segunda-feira, 11 de julho de 2011

O golpe da recarga com sabor de almoço na Assembleia


Olhem só!
A bandidagem vai de celular.
Podem acreditar que vai.
Em Belém, aumenta o número de vítimas do tal golpe da recarga.
Confiram só mais esse caso.
Na última sexta-feira, escritor de Belém recebeu uma ligação.
Um sujeito que se dizia da Claro e se identificava como João Paulo informava que acabara de chegar a Belém para participar da organização de evento da operadora, que reuniria vários escritores.
Feitas as devidas apresentações, o tal João Paulo passou a mencionar – que coisa impressionante! – várias pessoas que o escritor realmente conhecia. E também mencionou vários de seus livros.
O cara era convincente. Dos mais convincentes.
Isso ajudou, inclusive, a reduzir as desconfianças do escritor.
Combinou-se, então, o seguinte: o escritor deveria se dirigir à sede da Assembleia Paraense, na Almirante Barrroso, para ser apresentado aos organizadores do evento, que estariam almoçando lá, e assim fechar uma espécie de contrato prévio para participar do encontro.
E lá vai o escritor, no horário combinado, para a sede da Assembleia.
No meio do caminho, é interrompido por uma ligação do tal João Paulo.
O cara alegava que não estava conseguindo ligar da sede da Assembleia para lugar algum. E pergunta se o interlocutor não poderia fazer duas recargas da Vivo, no valor de R$ 50 cada uma, com a promessa de ser reembolsado quando chegasse à Assembleia.
O escritor disse que recarga de R$ 50 não dava para fazer. Mas quebraria o galho com uma de R$ 18.
E assim foi feito.
Parou numa farmácia da Big Ben e mandou ver: pagou uma recarga de R$ 18 para o elemento.
Até que a atendente da farmácia perguntou-lhe:
- O senhor conhece essa pessoa [o tal João Paulo]?
- Não. Mas já nos falamos, e ele conhece vários amigos meus.
- É golpe – sentenciou a atendente.
Mesmo assim, o escritor, pagando pra ver, resolveu retomar o caminho e seguir até a Assembleia, para conferir o que é que dava.
Chegando lá, perguntou na portaria:
- Aí tem um almoço da Claro?
E o porteiro, meio irônico, meio a sério:
- Ihhh, o senhor também...?
Realmente, era um golpe.
Não havia nenhum almoço da Claro da Assembleia.
Mas informaram ao escritor que o mesmo já aconteceu com várias outras pessoas que contactaram com o tal João Paulo.
Que coisa!

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