quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que ele disse

“Não pode nem abraçar o filho. Ainda abracei ele, coisa de um segundo, não sei se abracei para chamar ele para tomar alguma coisa, é algo normal. O coitado veio para cá só para ir na festa, e perdeu a festa.
[...]
Não sei se eu tomei um soco, o que foi, veio de trás, pegou no queixo, eu acho que eu apaguei. Quando eu levantei achei que tinha tomado uma mordida. Eu senti, a minha orelha já estava no chão, um pedaço.”
Um pai de 42 anos, agredido (ao ponto de perder uma parte da orelha) em São João da Boa Vista (SP) por uma turma de bárbaros que o confundiram com um gay porque ele estava abraçando o próprio filho, de 18 anos. E mesmo que o cara fosse gay, justificava que fosse vítima de uma barbaridade dessa?

3 comentários:

Bia disse...

Boa tarde, caro Paulo:

Um país racista, homofóbico, onde a corrupção, as mentiras e a hipocrisia são as manchetes "da hora". Será que a nossa juventude histórica explica mesmo isso?

Abração

Anônimo disse...

Saudades dos anos 80 - será que foi mesmo a década perdida - ou essa década que estamos vivendo é que está perdida - pobres de nós!!!!!???????????

Anônimo disse...

Paulo,

Todos os dias lê-le no noticiário nacional que gays são espancados ou assassinados por grupos homofóbicos organizados ou por violência homofobica gratuita.
A maioria desses agredidos são jovens e, sem dúvida alguma, pode-se dizer hoje o Brasil assiste um verdadeiro extermínio físico e psicológico da juventude "LGBT" (lésbica, gay, bissexual e trangênera).
O próprio crescimento assustador do bullying nas escolas está diretamente associado a tentativa de repressão aos comportamentos dissonantes do padrão hétero-viril.
Até quando a sociedade brasileira permitirá que a diversidade sexual seja motivo impune para mortes e agressões?
Jorge Mautner disse certa vez: "Ou o mundo se brasilifica ou vira nazista". Está na hora de rebrasilificar o Brasil.

Leopoldo Vieira