Por Eduardo Militão, do Congresso em Foco
Parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco na tarde de ontem (9) não têm dúvida: a montanha-russa salarial aplicada pelo PSC a seus funcionários tem todas as características de ser um esquema de desvio de dinheiro. Como mostrou o site, em um período de no máximo 18 meses, 10 funcionários tiveram aumentos de até 569% nas remunerações seguidas de reduções de até 87%, o que fez os ordenados oscilarem entre R$ 1.200 e R$ 12 mil.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defendeu a investigação da Corregedoria da Câmara, da Polícia Federal e do Ministério Público. “Evidentemente, trata-se de mais um expediente para enfiar dinheiro no bolso”, disse o senador, taxativo. O corregedor da Câmara, ACM Neto (DEM-BA), estranhou as movimentações financeiras por suspeitar serem indicadores de que parte dos salários dos funcionários, na verdade, não fica com eles. Cauteloso disse que, para ser configurada a irregularidade, “é preciso ficar evidente que essas pessoas não recebiam integralmente os seus salários”.
Demóstenes acredita que, para comprovar o delito, é preciso haver uma investigação profunda. Isso inclui ouvir os funcionários e quebrar os sigilos bancários para se verificar se houve transferências entre contas correntes e saques de dinheiro em espécie.
Demóstenes acredita que a investigação é que vai apontar o nome do beneficiário da suposta irregularidade. “Aí tem que ver, mas evidentemente tem que estar acima do servidor”, disse.
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