sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E se os números do governo forem maquiados? E aí?

Há duas perguntas da hora.
Há duas perguntas do momento.
Há duas perguntas que não querem calar.
Uma: quem serão os secretários do governo Jatene?
A outra: afinal de contas, os números que serão informados pela equipe de transição da governadora Ana Júlia (PT) - comandada pelo secretário de Governo, Edilson Rodrigues – ao time de Simão Jatene (PSDB), capitaneado pelo economista Sérgio Leão, terão mesmo veracidade?
Não serão números maquiados?
Não serão arrancados meio a fórceps do fundo do baú – ou dos baús – e fornecidos à equipe de transição tucana apenas para fazer de conta?
Como, afinal, será possível saber se os números que serão informados pelo governo sobre, por exemplo, o nível de endividamento do Estado em relação a fornecedores são mesmo corretos?
Se a equipe de transição da governadora Ana Júlia informar que os débitos com fornecedores ascendem, por exempo, à soma de R$ 5 milhões, em verdade as dívidas não poderão ser duas, três ou quatro vezes mais?
Como saber disso?
O blog fez essa pergunta direta e objetivamente ao timoneiro da equipe de transição tucana, Sérgio Leão, que na foto acima, da Agência Pará de Notícias, aparece do lado direito, ao lado de Edilson Rodrigues.
Pois é.
O Espaço Aberto perguntou mais ou menos assim, na lata:
- Doutor Sérgio, mas afinal os números – pelo menos alguns deles - não poderão ser irreais, não poderão ser maquiados?
A resposta de Sérgio Leão, também na lata e sem rodeios:
- Sim. Nós admitimos essa possibilidade. Estamos preparados para essa hipótese.
E aí?
Como tirar a prova dos nove?
Como saber que R$ 5 milhões são R$ 5 milhões, e não R$ 15 milhões, R$ 20 milhões ou R$ 30 milhões?
- Se houver alguma dúvida, se considerarmos que algum dado não bate, precisaremos fazer a checagem desses números. Teremos de fazer alguns cruzamentos com outros dados. Só assim poderemos chegar à realidade – explicou Sérgio Leão.
Ele disse que ao blog que as várias informações solicitadas à equipe de transição de Ana Júlia – referentes às áreas de pessoal, operações de crédito, receita pública e pendências decorrentes de contratos e convênios, entre outras – não têm prazo para ser enviadas à equipe de transição tucana.
“Não estabelecemos um prazo para isso. Só pedimos que as informações não sejam fornecidas de uma vez só”, explicou Leão.
Uma vez com os dados em mãos, aí sim, é que a transição efetivamente vai começar.
Oficialmente, vocês sabem, já começou.
Protocolarmente, já começou.
Já começou republicamente.
Com rapapés, sorrisos, risinhos, manifestas intenções republicanas de transparência e tudo mais.
Mas só quando os números forem retirados do fundo dos baús é que a parada vai começar.
Vai começar republicana e efetivamente.
Ah, sim.
Tem a outra pergunta.
E quem serão os secretários do governo Jatene?
Ninguém sabe ainda.
Mas um já se sabe.
Sérgio Leão, é claro.
Será secretário.
De quê, não se sabe.
Mas será.
Ou não?
Republicanamente, alguém haverá de ter dúvidas disso?

4 comentários:

Anônimo disse...

Vou te contar....texto continua chato e repetitivo. De lascar, hein PB?

Anônimo disse...

Quem disso cuida, disso usa. Sérgio deve saber do que fala. hehehehe

LH disse...

Atenção revendedoras da AVON, Natura e similares!

Novo nincho no mercado: Comissão de Transição do Governo Atual precisando de produtos de maquiagem para produzir relatórios.

Anônimo disse...

Uma pergunta que não quer calar. Só uma e não duas, sobre o papel da OAB na transição. O Sérgio Leão, disse em entrevista na CBN-Liberal, que vai ser de "observador". Observador do quê?