No Blogue do Colunão, de Walter Rodrigues:
Atenção, maranhenses, paraenses e amapaenses.
A Vigilância Sanitária do Maranhão interditou nesta quarta-feira (15) a área de engarrafamento de cervejas da fábrica da transnacional euro-brasileira Ambev em São Luís.
Vistoria organizada pelo Ministério Público estadual, com a participação também do Corpo de Bombeiros, constatou ausência de limpeza e segurança e outros problemas no setor.
Segundo a assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da Justiça, a promotora dos Direitos do Consumidor, Lítia Cavalcanti, adotará “medidas judiciais necessárias”, criminais e cíveis, assim que tiver em mãos os relatórios oficiais da Vigilância Sanitária e dos Bombeiros.
Lítia disse que a vistoria partiu da denúncia de consumidores que acharam insetos em garrafas de Skol e Brahma, fabricadas pela Ambev. A contaminação dos produtos confirmou-se em análise do Icrim (Instituto de Criminalística do Maranhão). Com a vistoria, foi identificada a causa: a sujeira no setor de engarrafamento. Dois inquéritos foram instaurados pela Promotoria para apurar as irregularidades.
Segurança
Durante a vistoria, os bombeiros verificaram ainda falta de manutenção dos hidrantes anti-incêndio e do sistema de pára-raios e a inexistência de sinalização de emergência. Há também fios elétricos expostos. O órgão ofereceu dois dias para a empresa apresentar projeto de rede de segurança contra incêndio. Outra irregularidade é que os operários trabalham sem equipamento de segurança, fato que será comunicado à Procuradoria Regional do Trabalho.
A Ambev engarrafa em São Luís as cervejas Brahma, Antártica e Skol, abastecendo o Maranhão, o Pará e o Amapá. A interdição não afeta a produção de chope, nem de cerveja em lata. Entretanto, no laboratório da fábrica, a Vigilância Sanitária encontrou produtos químicos com prazo de validade vencido — uma ameaça geral à qualidade de todos os itens fabricados pela Ambev em São Luís.
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