sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quem toma a decisão de renunciar?

Com todo o respeito, mas um trecho da nota da bancada do PT no Senado, explicando – ou tentando explicar – seu dilema entre seguir suas próprias deliberações ou obedecer ao diktat do presidente Lula, é verdadeiramente impagável.
Leiam a íntegra aqui e observem o primeiro item:

A bancada dos senadores, ao longo de toda a discussão sobre a crise no Senado, manteve sua posição: a de sugerir que, num gesto de grandeza e de garantia à credibilidade das investigações, o senador José Sarney se licenciasse temporariamente para que o Senado pudesse aprofundar as investigações e construir propostas de solução para os problemas encontrados. Admite, no entanto - como o fez a maioria dos partidos da Casa - que a licença é uma decisão a ser tomada pelo senador.

O curioso está neste “Admite, no entanto - como o fez a maioria dos partidos da Casa - que a licença é uma decisão a ser tomada pelo senador.”
Mas, afinal, quando é que uma renúncia, um afastamento, seja lá o que for, não foi decisão tomada pela própria pessoa?
Quando?
Se alguém que renuncia ou se afasta sem que tenha, ele próprio, tomado a decisão, então foi forçado, obrigado, compelido a fazer isso.
Ou não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Há muito tempo que acabou o PT, aquele partido que se intitulava guardião da ética, da moralidade e do respeito ao povo.
Existe, sim, o lulismo, do qual os petistas são apenas uma fatia desbotada e que se ajoelha aos mandos e ordens de Lula o "supremo mestre do universo".
Os petistas, antes agressivos tal qual felinos, agora são passivos carneirinhos de cabecinha baixa cumprindo as ordens lulistas.
Quem te viu e quem te vê.