quinta-feira, 9 de julho de 2009

PSOL reprova o que considera "factóide" de Ana Júlia

A ex-deputada Araceli Lemos, presidenta do PSOL-Pa, comenta a postagem Governadora manda suspender multa do Sintepp.
E discorda dos elogios do blog ao posicionamento de Ana Júlia.
Abaixo, a manifestação de Araceli:

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Permita-me discordar do comentário elogioso que o Espaço Aberto conferiu ao release da Agência Pará anunciando a suspensão, por decisão da governadora Ana Julia, da absurda multa judicial que o governo do Estado tentava cobrar do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), ameaçando inviabilizar materialmente a entidade.
Tudo não passou de um factóide: a governadora diante da péssima repercussão na categoria e na opinião pública produzida pela forma truculenta como ela tratou o justo movimento grevista de professores e demais servidores da educação, criou um cenário artificial para anunciar seu recuo tático. Não é verdade que ela tenha recebido o Sintepp em audiência. Quem esteve no Palácio dos Despachos, na noite da terça-feira, 7, foi um pequeno grupo de professores membros do PT e integrantes de chapa fragorosamente derrotada na última eleição sindical, recentemente realizada. A encenação teve por objetivo remendar o verniz pretensamente "popular" de um governo que tem se notabilizado como o mais repressor e desrespeitoso com a categoria de toda a história recente do Pará.
O Sintepp tem quase três décadas de existência. Nunca, em todo esse período de muitas lutas e inúmeras paralisações por melhores condições de salário e por uma educação pública de qualidade, o sindicato havia sido criminalizado na Justiça, tendo que lutar contra a imposição de multas de algumas centenas de milhares de reais. Essa nova modalidade de repressão truculenta foi inaugurada por Ana Julia durante a greve de 2008 e repetida agora. Portanto, crer que a governadora merece algum elogio por isso me parece um rematado absurdo. Bombas de gás, spray de pimenta, espancamento de trabalhadores em via pública, ameaça de desconto dos dias parados e cobrança de multas de valor elevadíssimo, eis o arsenal que o governo do PT mobilizou contra a categoria. Isso demonstra a índole autoritária e desrespeitosa que enodoa, de forma definitiva, o governo da aliança gerenciada, entre tapas e beijos, por Ana Julia e Jader Barbalho.
Aliás, determinar a suspensão da cobrança da multa era o único caminho para assegurar o cumprimento do ano letivo e não impor injustificáveis prejuízos aos estudantes, na medida em que a manutenção da medida repressiva tornava impossível o diálogo entre o sindicato e a Seduc, essencial à retomada da normalidade do ensino na rede pública estadual.
Que esse episódio sirva de lição à Ana Julia e ao PT: arrogância e autoritarismo não rimam com educação pública de qualidade.

Araceli Lemos
Presidenta do PSOL-Pará

11 comentários:

Anônimo disse...

A nobre professora Aracely Lemos, que tanta falta faz na Assembléia Legislativa, parece que tem memória seletiva. Faz questão de esquecer que governo quando trata de usar o poder é tudo igual. Não fez muito diferente o seu correligionário, EDMILSON RODRIGUES à epoca Prefeito de Belém, pelo PT, ao tratar o movimento reivincativo dos professores MUNICIPAIS usou todas as armas possíveis para derrotar o movimento. O mais vergonhoso foi a brutal agressão sofrida pelos professores e professoras, inclusive grávidas, pela Guarda Municipal quando ocuparam o hall do Palácio Antonio Lemos, tentando uma audiencia com o Edmilson Rodrigues.
Não faltou também a CRIMINALIZAÇÃO do movimento na imprensa, para justificar a violencia, acusando os manifestantes de depredação do Patrimonio Público, quando a ocupaçao foi pacifica e a violencia veio da Guarda Municipal do prefeito, esquecendo que ele mesmo já tinha ocupado predio público. Não faltou também, a desqualificação do movimento, imputando aos seus líderes a acusaçao de que eram de direita a serviço do Almir Gabriel e uma patética tentativa de processo de expulsão dos militantes filiados ao PT, que estavam a frente do movimento.
Ah, não podemos esquecer também do CORTE DE PONTO e o mais odioso, que nenhum governo teve coragem de fazer, dissolver as assembléias da categoria, usando leãos-de-chacára, pagos pela Prefeitura, quando não usavam uma tal MILICIA CABANA para espancar professores.
Só não ocorreu ação juducial para exigir ilegalidade de greve e nem ação contra o sindicato, porque a Direção do Sindicato era e é de maioria do grupo do ex-prefeito e cumpria o papel de dá apoio ao prefeito, contra a categoria.

É professora Aracely, se voce não quer lembrar, nós lembramos e fazemos questão de não esquecer.

Ass.: Professora aposentada que sempre votou no Edmilson até aquele dia.

Anônimo disse...

JB voce tem que ficar mais atento quando tecer elogios. O ato foi produzido para dar um sinal de atitude magnanima a um ato de criminalisação de movimentos sociais. Nen os tucanos fizeram isto.

Anônimo disse...

A governadora cria crises desnecessárias. A criminalização dos movimentos socias parece que é um recurso deste governo, não me parece correto bater para depois aparecer como fazendo bondade. O governo tem de parar de acertar no seu proprio pé.

Anônimo disse...

mesmo que a governadora queira ter um grupo para dialogar na categoria deda educação não poderia faze_lo dando um ar de institusionalidade. POderia ter recorrido ao PT e fazer um debate profundo sobre os problemas que seu governo enfrenta com a secretária sendo processada. Estabelecer um canal oficial de diálogo na casa civil com um grupo de oposição é não reconhecer o que é autonomia sindical

Anônimo disse...

A governadora acredita que os professores estão preocupados com o calendário das aulas e finge ser uma mulher cordata e anteressada na educação. Governadora o seu governo esta ferido de morte na educação com uma secretária sem autoridade e acusada de corupta. O que adianta dar audiência para um grupo de professores e manter a amiguinha do PUTY na secretária? Fingir que não tem nada á dizer sobre isto é muito ruim. O governo não pode continuar calado esperando a sentença do juiz. E quando ela sair o que a governadora vai fazer? continuar calada ? continuar pedindo compreesâo dos professores para com uma secretária processada por improbidade administrativa? Ai nós queremos ver a preocupação com a educação.

Anônimo disse...

PB,

Lendo a nota da deputada, me lembrei daquele antigo ditado: "A esquerda só se une na prisão!"

Abs.

Anônimo disse...

PB, é o roto falando do amarrotado. O Edmilson Rodrigues também tratou no tacão os professores da Prefeitura. Ficou tristemente na história, a agressão por parte da Guarda Municipal aos professores grevistas no Palácio Antonio Lemos, que buscavam uma audiencia com o então Prefeito do PT, hoje no PSOL. A desculpa para a violencia foi de que os manifestantes atentaram contra um patrimonio público.

Anônimo disse...

Permita-me discordar da Aracely, o hoje parte do Psol, que saiu do PT, quando esteve no poder não agiu muito diferente do atual governo estadual com relaçao aos movimentos paredistas, apenas algumas variaçoes na truculencia.

Anônimo disse...

O movimento dos professores por melhores salários e pela valorização da carreira é sempre justa e legitima. Mas, vamos combinar que o Sintepp elegeu o governo estadual como principal inimigo e como sempre muitas vezes as bandeiras de luta dos mestres servem também como trampolim politico para aqueles que se valem desses movimentos para seus interesses eleitorais.

Anônimo disse...

PB será que esta EDILZA FONTES é bicho em figura de gente? Tudo esta senhora é responsável. Agora se uma armação politica foi planejada e mal feita ela é a culpada, se o PUTY não sabe fazer, ou seu servisal , este tal de BIRA ela aparece como desmanchando, será que não estão criando um bode expiátório? Petistas respondam.

Anônimo disse...

PB,

Ponha dois socialistas trancados numa sala para debater suas posições políticas e ideológicas e, uma vez aberta a porta da sala, saíram dali três ou quatro posições distintas e inconciliáveis. ehehehehe!!!!

Abs.