No AMAZÔNIA:
Depois de ultrapassar os 20 casos confirmados de gripe suína a rede de saúde de Belém muda a partir de hoje o procedimento para notificação obrigatória estabelecida pelo Ministério da Saúde. A mudança foi determinada através da vídeoconferência realizada na noite de ontem.
Apesar das insistentes recomendações do Ministério da Saúde desde o início do diagnóstico e da pandemia sobre a gripe suína no mundo para que brasileiros evitassem ou não viajassem para áreas consideradas de risco, muita gente decidiu se arriscar. Centenas de famílias decidiram mandar seus filhos exatamente para aonde não deveriam, como foi o caso das famílias paraenses que mandaram 130 crianças e adolescentes a Miami, nos Estados Unidos. Algumas delas tiveram sintomas de gripe e febre alta ainda durante a viagem. Ontem mesmo a Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública) recebeu mais três notificações de casos suspeitos, notificações também confirmadas pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). Os três casos suspeitos correspondem ao mesmo número de adolescentes e jovens em tratamento em um hospital particular de Belém. Apesar de preparado e com profissionais capacitados para o atendimento, o hospital não conseguiu conter a irresponsabilidade e a negligência de amigos e familiares que mantiveram contato com os pacientes e circularam livremente pelos corredores. Um grupo, inclusive, chegou a ser chamado a atenção, depois de circular e ir ao encontro de outros amigos na área da clínica médica. Mesmo usando máscaras, a proteção pode não ser suficiente para impedir a transmissão, até porque ainda não se descobriu tudo sobre a doença e o ambiente climático em Belém pode contribuir e facilitar a circulação do vírus, além da debilidade da saúde de pacientes que se encontram em um hospital. Se a gripe não é motivo para pânico, também não deve ser para irresponsabilidades.
A Sespa informou que tem repassado à rede pública e particular de saúde todas as orientações para evitar situações de contágio, como as vivenciadas ontem em um hospital particular por pura displicência de familiares e amigos de pacientes suspeitos. E tanto o Ministério da Saúde como a Sespa também recomendam que os casos leves, depois de diagnosticados e medicados, devem continuar o tratamento de forma isolada mas em casa.
6 comentários:
Falar em gripe suina se constata que por aí enquanto os secretários e o próprio ministro mostar a cara na televisão dizendo como serão os fluxos de atendimento, por aqui a nossa secretária e o nosso secretário estão sumidinhos. aprenderam com o Dudu?
Esse pessoal que mandou filhos para as áreas de risco deveriam é custear o tratamento no Brasil, pois assumiram o risco de produzir o resultado.
Outra coisa: deveriam ser divulgados os endereços dos doantes, a fim de se evitar contágios. Ou será que vão esperar que o negócio de alastre, como na Argentina, que já morreram 138 pessoas para só depois tomarem atitudes mais efetivas?
Não se trata de discrimiar ninguém e sim tratar o problema com responsabilidade.
Claro que dá um frio na espinha em pensar que devemos procurar uma UBS ou unidade particular se tivermos plano de saúde. Dá medo sim devido sabermos que na maioria das vezes a receita já está prontinha independente do que temos. Dá medo também por sabermos que médico é quase objeto raro nos locais em que deveriam estar e quando os encontramos, adoram nos mandar para casa como se não fosse importante a nossa queixa. Se considerarmos o sucateamento do setor, então é de chorar.Entretanto não são atitudes como saber onde moram os doentes, não mais viajar que nos livrarão da possibilidade de adoecermos de gripe suina. Estas atitudes são estigmas e sabemos que estigmas não reduzem o risco de adoecer. Estamos todos vulneráveis, é uma doença transmitida pelas vias respiratórias favorecida pela mobilidade populacional.
Então viaje para os Estados Unidos, argentina ou México e depois venha me falar de estigmas....
Me poupe!
Mobilidade populacional? Palavras bonitas para justificar incompetência.
No Japão, qualquer pessoa que esteja com a gripe e os que moram consigo são proibidas de sair de casa. A famosa quarentena.
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