segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pressão nos preços

No AMAZÔNIA:

No dia 1º de julho último, o Real completou 15 anos. Esse período foi marcado pela estabilização dos preços e consequentemente da economia. A inflação oficial do País - o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - medida pelo IBGE subiu 244,86% no período, já o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas, foi maior, 306,40%. Entretanto, se esses índices forem comparados com os computados antes do início do Plano Real, em julho de 1994, a situação hoje é mais favorável. Naquela época a inflação girava em torno de 80% ao mês e mais de 2.500% ao ano.
Nestes 15 anos de Real, os preços de bens e serviços continuaram a subir, mas de forma mais lenta e diferenciada. Entre os itens de maior impacto na economia estão os chamados produtos com preços administrados, com destaque para os combustíveis, principalmente a gasolina e o óleo diesel. Segundo as pesquisas do Dieese/PA, em julho de 1994 o litro da gasolina comum foi comercializado em média nos postos de Belém a R$ 0,46. No mês passado (junho/2009), o mesmo produto foi comercializado em média a R$ 2,730. Com isso, em 15 anos o reajuste no litro da gasolina comum em Belém chegou a 493,48% contra uma inflação de 244,86%.
No caso do óleo diesel, as pesquisas do Dieese/PA mostram que em julho de 1994 o litro do diesel foi comercializado em média nos postos da capital a R$ 0,35. No mês passado (junho/2009) o combustível foi comercializado em média a R$ 2,147. O resultado é que em 15 anos o reajuste acumulado no litro do diesel em Belém chegou a 513,43%.
Paraense vai pagar mais caro pelo álcool nas bombas a partir de hoje
Novos aumentos aguardam os consumidores paraenses, pois a partir de hoje o álcool, que também teve reajustes expressivos nos 15 anos do Real, volta a ser reajustado. Desta vez o aumento é ditado pela entressafra na cana-de-açúcar.
Ainda não se sabe precisamente de quanto será o reajuste nas bombas. Especula-se algo em torno dos 5%.
A preocupação, neste caso, além do próprio reajuste no litro do álcool, é também de uma possível contaminação deste reajuste no preço da gasolina em função da mistura. Em cada litro de gasolina o teor da mistura chega a mais de 20% de álcool. No início de julho, as pesquisas do Dieese/PA - em cerca de 80% dos postos de Belém - mostram que o litro da gasolina comum está sendo comercializado em média a R$ 2,73. Já o litro do álcool está sendo comercializado em média a R$ 2,00.

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