No AMAZÔNIA:
O Ministério Público Federal se comprometeu em ajudar os exportadores de madeira do Estado a obter um número maior de metros cúbicos de madeira disponível para atendimento das necessidades do segmento. A garantia foi dada ontem, durante audiência entre o procurador Daniel Azeredo e representantes da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex).
O procurador Daniel Azeredo perguntou sobre a quantidade de madeira que é liberada para beneficiamento e o diretor técnico da entidade, Guilherme Carvalho, informou que atualmente apenas 4 milhões de metros cúbicos são autorizados, enquanto que a necessidade gira em torno de 8 milhões de metros cúbicos de madeira em tora para beneficiamento.
Para a entidade, o MPF está sensível à causa do setor porque entende que, diferentemente da pecuária, a situação de controle da madeira está em estágio mais avançado. Segundo Guilherme Carvalho, Daniel Azeredo mostrou interesse e boa vontade em conhecer a situação do setor, como funcionam os planos de manejo e reflorestamento e de que forma as empresas fantasmas estavam atuando na região oeste do Pará. 'O Ministério Público Federal sabe que ninguém pode ser penalizado pela falta do poder público, por não se ter as condições necessárias para se trabalhar', reforçou.
A Aimex vai agora correr contra o tempo para preparar um histórico com o relato de todas as dificuldades atravessadas pelo segmento e as proposições efetivadas para que se chegue à legalidade. Vai detalhar, em relatório, o funcionamento de projetos como o Programa de Apoio ao Manejo Florestal (Planfor) e Pacto pela Madeira Legal e Sustentável, além da proposta de convênio com o Imazon para monitoramento das áreas exploradas com manejo, através de imagens de satélite.
O relatório deve ser entregue até o dia 23 deste mês ao procurador Daniel Azeredo, que entrará em férias no dia 24. Ele garantiu que vai ler, analisar os documentos e marcar uma segunda audiência na volta de seu período de descanso.
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