No AMAZÔNIA:
Mesmo com a greve dos rodoviários intermunicipais e estaduais, a ilha de Mosqueiro foi bastante procurada ontem. Para alguns donos de bares, a paralisação atrapalhou. Para outros, não fez cair as vendas. Já os frequentadores consideraram a programação atrativa, mas reclamaram dos preços da bebida e da comida, além da demora no atendimento.
O proprietário da barraca Tubarão, Francisco Rodrigues, calculou que a procura pela ilha caiu 50% em relação ao ano passado. Este ano, acredita que a procura foi menor ainda por causa da greve dos rodoviários. 'Só tem ônibus de R$ 2,80. O pessoal fica com medo de vir e ter problema pra voltar', comentou.
Diferente de Francisco, Carlos Junior, proprietário da barraca 'O Azulão', na praia do Farol, considerou a demanda dentro de suas projeções. Tanto que esperava vender todo o estoque de bebida e comida comprado para o final de semana, o que incluiu 100 caixas de cerveja e 100 quilos de filé de peixe. Ele disse que no primeiro final de semana conseguiu.
Carlos disse que o público havia dobrado em relação ao final de semana retrasado, o primeiro das férias escolares. E a expectativa dele é que o crescimento da demanda siga esse ritmo até o final de julho, garantindo o retorno do investimento, já que a alta temporada exige também a contratação de mais garçons e ajudantes de cozinha.
Os proprietários de várias barracas contrataram mais funcionários para atender o público, mas esse aumento não impediu reclamações quanto à demora na prestação dos serviços. As servidoras públicas Ângela Souza, Daisy Ribeiro e Denny Ribeiro, por exemplo, esperaram meia hora somente para conseguir pagar a conta.
'É um absurdo', comentou Daisy, que também considerou os preços cobrados na ilha muito altos. Ela citou como exemplos o quilo do peixe tainha a R$ 7,00 e o de um sanduíche, a R$ 5,00, todos considerados exorbitantes pela servidora que, como as amigas, só aprovou a programação variada para crianças e adultos, com shows e brincadeiras na praça da Vila.
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