sexta-feira, 17 de julho de 2009

Empate pode custar caro

No AMAZÔNIA:

O Paysandu deu adeus aos 100% de aproveitamento em casa ontem, após empatar por 1 a 1 contra o Luverdense, na Curuzu. O time do técnico Válter Lima não conseguiu furar com eficiência a retranca da equipe matogrossense. Mais uma vez o Papão insistiu em jogadas pelo centro em detrimento das laterais, e constantemente esbarrou no paredão montado por Tarcísio Pugliesi, que assumiu ter vindo a Belém para buscar um resultado que afastasse sua equipe das possibilidades de rebaixamento.
O resultado deixa o Paysandu na liderança do Grupo A, com 11 pontos. Mas o bicolor agora vê sua classificação ameaçada, já que tem apenas mais um jogo. O Águia, com 10 pontos, ainda tem duas partidas pela frente, e o Rio Branco, com 9, ainda pode chegar aos 18 pontos nos três jogos que disputará. O Luverdense praticamente deu adeus às chances de classificação, e agora espera o Rio Branco, na última rodada, buscando um resultado que o garanta na Série C de 2009.
No início da partida o torcedor do Paysandu teve uma surpresa. Em vez do contestado Roni na zaga, Valtinho optou por escalar Rogério Corrêa, a quem entregou a braçadeira de capitão. O meio-de-campo também trouxe uma mudança, essa mais ousada. No lugar de Michel, homem de confiança de Valtinho desde a época de São Raimundo, Vélber apareceu ao lado de Zeziel. A entrada do meia garantiu ao Papão o ímpeto que o time precisava no início da partida.
Logo no primeiro minuto de jogo, depois de jogada de Paulo de Tárcio, os bicolores conseguiram um escanteio. Vélber foi para cobrança e assustou a zaga alviverde. Um minuto e meio depois, em novo cruzamento de Vélber, Torrô cabeceou no chão, mas a bola quicou alto demais e saiu por cima do gol de Ronaldo.
O Papão dominou a partida até os 15 minutos, quando o Luverdense equilibrou o jogo em contra-ataques perigosos. A equipe matogrossense veio armada com duas linhas de 4 homens, além dos dois atacantes. Quando o Papão conseguia se infiltrar, os volantes do Luverdense tiveram competência para fazer os desarmes e sair em velocidade. Porém, ao chegar na frente, a equipe limitava-se a chutar de fora da área, pouco ameaçando o gol de Paulo Wanzeller. Jogando com um lateral improvisado pela direita, Paulo de Tárcio, e numa noite pouco inspirada de Aldivan, o Paysandu não conseguiu oferecer perigo em jogadas de linha de fundo. No fim do primeiro tempo, Valtinho ainda foi obrigado a queimar sua primeira alteração. Torrô voltou a sentir uma contusão e deu lugar a Balão.
As duas equipes voltaram sem mudanças para a segunda etapa. A Luverdense, tal qual o Paysandu, conseguiu um escanteio logo no primeiro minuto e deu sinais de que sairia para o jogo. Porém, foi o Papão quem abriu o placar, aos 8 minutos. Paulo de Tárcio aproveitou a bobeira de Macaé e entrou na área. Vélber antecipou-se ao companheiro e tocou, com categoria, no canto esquerdo de Ronaldo. Delírio da galera bicolor.
Porém, logo na saída de bola, a defesa do Paysandu dormiu no ponto e Simeão, o carrasco do Águia, marcou de cabeça. O detalhe é que o meia encontrava-se livre na área e ainda contou com a péssima saída de gol de Paulo Wanzeller para empatar. O gol, inegavelmente, freou o ímpeto do Paysandu. Para piorar a situação, Vélber, que vinha de lesão, voltou a sentir e teve que ser substituído por Michel. Minutos depois Valtinho aproveitou e trocou Zé Carlos por Zé Augusto, que teve uma boa chance de ampliar, mas errou.

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