No AMAZÔNIA:
No final de semana mais movimentado das férias, cerca de 150 mil pessoas estiveram na praia do Atalaia, em Salinas. Foram mais de 360 ônibus que vieram do interior e da capital paraense. Com uma temperatura de 31 graus, os veranistas aproveitaram o domingo para curtir o sol que apareceu durante todo o dia. Apesar da grande quantidade de banhistas, foram poucas as ocorrências registradas pela Polícia Militar e Polícia Rodoviária do Estado. Somente sete crianças se perderam dos pais, o que significa uma redução de 85% em relação ao ano passado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a principal ocorrência registrada durante o veraneio é ferroada de peixe, seguida de embriaguez. Os bombeiros atuaram com um efetivo de 48 homens na praia do Atalaia. Apenas um acidente foi registrado no sábado à noite, por volta de 10 horas. Duas pessoas ficaram feridas e uma morreu. Todas elas estavam andando na rodovia PA-124, possivelmente embriagadas, a 10 quilômetros de Salinas. O carro capotou, mas o motorista conseguiu escapar ileso.
Quem se beneficiou da movimentação no domingo foram os vendedores ambulantes. Mário de Souza, que tem uma barraca de coco na praia, chegou a vender o triplo do final de semana anterior. Segundo ele, foram mais de 150. O vendedor espera que o próximo domingo seja ainda melhor. 'Salinas está cada vez melhor para quem deseja garantir um dinheiro a mais nas férias de julho. Para mim, descanso é só em agosto', disse.
Os praticantes de kitesurf também aproveitaram o vento forte da manhã de domingo. Vários se reuniram no final da praia. Profissionais do esporte estiveram no local para ensinar quem queria aprender a surfar. O esporte já virou mania na praia. Segundo o instrutor André Melo, o número de pessoas interessadas em aprender o esporte cresce a cada ano.
Lixo - Só o que não agradou no domingo foi a grande quantidade de lixo na praia. Por volta de 15h30, quando a maré estava cheia, o que se via no Atalaia eram garrafas pets, latas de cerveja e até mesmo comida na areia. Muita gente estava revoltada com a situação e fez questão de ir embora para não ter que ficar no meio do lixo. Maria de Nazaré Oliveira, de 35 anos, disse que considera absurda essa situação. Isso porque nos anos anteriores a praia não chegava a ficar tão suja. 'É revoltante se deparar com todo esse lixo. As pessoas não cuidam do lugar que elas mesmas vão usufruir', disse a veranista.
Por causa disso, uma ação de proteção da zona costeira foi criada. O projeto Praia Limpa, que é uma ação conjunta entre 27 instituições governamentais, esteve durante toda a manhã na praia realizando um trabalho de conscientização dos banhistas. Além disso, eles também cataram o lixo que foi deixado pelas pessoas nas festas de sábado à noite. A maioria dos cerca de 40 participantes do projeto são alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Edimir Anajás, estudante de oceanografia, a intenção é que as pessoas aprendam definitivamente que é importante para o meio ambiente e para a estética da praia mantê-la limpa. Principalmente, para evitar multas que podem variar de R$ 389,00 a R$ 3 milhões. 'É uma ação educativa, não repressiva. A população precisa entender que os maiores prejudicados com o lixo é ela mesma', ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário