segunda-feira, 16 de março de 2009

Kit escolar: Iracy Gallo só deixa a Seduc se quiser

A cada dia que passa, crescem as especulações de que a secretária de Estado de Educação (Seduc), Iracy Gallo, está na marca do pênalti. Ai em cima, ela aparece num ato de entrega de kits, em foto de Advaldo Nobre, da Agência Pará.
Ou que subiu no telhado, segundo aquela imagem indicadora de que, no movimento imediatamente posterior, vai desabar com tudo.
Mas a cada dia que passa, também cresce a convicção de que a secretária de Estado de Educação, Iracy Gallo, pode até ser exonerada, mas nunca, jamais o será em razão desse caso que envolve a aquisição de kits escolares pelo governo do Estado e que já chegou, em investigação preliminar, ao âmbito dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
E por que o caso dos kits não poderá ser a motivação imediata para a queda da secretária de Educação?
Por um motivo simples: porque não foi da secretária de Educação a iniciativa de fazer o que fez: dispensar licitação pública, contratar a Double M e deixar que esta agência de propaganda escolhesse a Gráfica Santa Marta, da Paraíba, para a confecção de agendas – 1,2 milhão delas, segundo se acredita.
De quem foi, então, a iniciativa de tudo isso?
Do Palácio dos Despachos.
E no Palácio dos Despachos, de quem foi a iniciativa?
De Sua Excelência a governadora do Esado, Ana Júlia Carepa.
Foram dela que partiram algumas ordens pessoais para que se operasse todo esse enredo complicadíssimo que envolve os kits escolares.
Se esse caso dos kits está a ensejar a identificação de um responsável, a governadora Ana Júlia deveria ir para o meio do gramado, em dia de Mangueirão lotado, subir a um cadafalso e gritar para o distinto público, depois de bater no peito três vezes: “Fui eu”.
Pronto.
Bastava isso.
A convicção – fortalecida com base de pessoas muito próximas aos gabinetes do Palácio dos Despachos – de que há uma estrutura de comando vertical, de cima para baixo, neste caso dos kits, essa convicção, portanto, é que já levou o blog a afirmar que a Seduc, nisso tudo, não passa de um detalhe. Um detalhe relevante, mas de qualquer forma um detalhe.
E uma evidência reforça essa convicção: diante da repercussão enorme desse caso, se a secretária tivesse, ela mesma, tomado a iniciativa de fazer tudo o que fez, da forma como fez, aí sim, Iracy Gallo já teria caído há muito tempo.
Mas uma coisa é certa: há informações seguras apontando para o desgaste político e pessoal que no momento tem afetado intensa e intimamente a secretária de Educação. E isso, é lógico, poderá levá-la a pedir demissão.
Mas, no momento, a secretária Iracy Gallo sai do cargo se quiser.
A menos, é claro, que a governadora a chame e diga-lhe mais ou menos assim:
- Olha, eu é que devia me demitir. Como não posso, tu sais por mim, está bem?
- Está bem – responderia a secretária.
Só assim é que Iracy Gallo sairia.
Porque o âmago, o núcleo dessa operação está no Palácio dos Despachos, e não na Seduc, uma célula periférica (e ponha periférica) nisso tudo.

5 comentários:

Anônimo disse...

e o Botelho, não entra nessa também?

Anônimo disse...

Então, a governadora Ana Júlia vai ter que responder pelo seu ato. Não há dúvida de que a compra sem licitação foi ilegal, indevida, desproposital, e beneficou diretamente uma agência de publicidade. E não foi só com agenda, não. Não vamos esquecer que os kits têm anda as famosas mochilas, que custaram também uma fábula e ninguém ainda disse quem fez, ou mesmo de quem foi comprado.
Só se sabe que teve a intermediação da Double M.

Anônimo disse...

Bia não sai, bata o pé e faça-nos um favor conte esta ¨istoria ¨ como foi montada sem mentira e todos ficariamos grato. É a redenção da SEDUC. Vamos GALLO não mintas para o papai. Inclua tambem nesta ¨istoria ¨como seu irmão vai gastar o dinheiro ganho sem licitação do Estado. Explique foi tambem a DOUBLE M que intermediou este serviço?

Anônimo disse...

Quem conhece a Bila acha que ela não aceitará assumir a bronca sozinha, como certamente não aceitou entrar nela inocentemente, sem saber o que tava fazendo e o que poderia ter de retorno. Talvez assim se explique o "presentinho" dado ao irmão dias antes.

Anônimo disse...

é isso tudo é uma grande vergonha pro estado do Pará, pois demonstram que não foram para Seduc-Pa, para moralizar e sim para montar uma verdadeira quadrilha do PT.
que se beneficiam dos recursos público para beneficiarem a quadrilha deles, por isso que eles dissem que é governo do Povo, só se for do povo do PT.