Jornalistas galanteadores – vocês sabem que tem? – enfrentam cada uma...
Tarde dessas, um deles, que também pilota um táxi, passava pela Duque quando viu, num ponto, uma antiga paquera.
- Ela era filé – garante o cara.
Era.
Hoje, ela deve ter uns 50 anos.
Mas despertou, você sabem, antigas emoções.
Antigas emoções e tentações.
Como se dirigia ali para as bandas da Alcindo Cacela com a Conselheiro, resolveu parar e oferecer carona à madame.
Ela, de início, quando se aproximou do táxi, não o reconheceu.
Mas a vovó, sim.
Sim, a vovó da madame reconheceu de imediato o galanteador.
- Vocês querem uma carona? – perguntou o coleguinha.
Esse vocês, em verdade, soava mais como um você, dirigido, claro, à madame de 50 anos – quase 60, quem sabe.
A resposta da madame foi desconcertante.
- Não. Eu não quero carona, mas a vovó quer.
Vovó entrou no táxi.
- Tudo bem? Que prazer eu lhe reencontrar, depois de tantos anos. Pra onde a senhora vai? – perguntou o taxista-jornalista-galanteador (não necessariamente nessa ordem).
- Me leve para o Entroncamento.
O galanteador promete que, depois dessa, nunca mais vai galantear.
Ou por outra: pode até galantear, mas não na direção de seu táxi.
2 comentários:
Esse taxista jornalista, é um azarão...rsss
Um grande panema, mao!!!
abs
hahaha
Da série 'cantadas desafinadas', levei um fora excelente uma vez. Que rendeu cumprimentos à moça de todos os amigos que estavam comigo.
Boate. Som alto. Moça sozinha parada meio que dançando. Eu me aproximo.
Aproximo mais. Mais. E continuo longe. Era ela que se afastava a cada passo que eu dava.
Até que aproximei. Puxei papo. Alguma frase solta que não teve efeito. Até que começou algo entre um monólogo e um diálogo, já que as vezes ela sorria de algo que eu dizia.
Até que dei a deixa: "Mas, e aí? O que você faz?"
Ela olhou, sorriu com ar triunfante. E respondeu de forma simples.
"Eu ando".
E, de forma também bem simples, saiu andando.
Foi o melhor fora da pior cantada que já dei. Ou está entre as mil piores das 1000 que já devo ter feito.
Abs!
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