sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Uma virada espetacular

No AMAZÔNIA:

O Águia foi à capital acreana em busca de um empate, mas conseguiu o que nenhum time conseguiu desde a primeira fase da Série C do ano passado e venceu o Rio Branco-AC em plena Arena da Floresta por 3 a 2. O resultado levou o Azulão para a quarta colocação com sete pontos, na briga direta por uma das quatro vagas para a Segundona do ano que vem.
Na verdade. Os quatro primeiros têm a mesma pontuação, o que deixa a disputa mais do que aberta.
A vitória do jeito que foi, sob forte chuva, com dois homens expulsos, de virada e com dois gols nos minutos finais é de encher de moral qualquer time, ainda mais o azarão do octogonal final. Domingo o time paraense recebe o Brasil de Pelotas-RS no Mangueirão e se fizer o dever de casa pode assumir a liderança.
Se dependesse apenas do primeiro tempo era de se supor que o Estrelão repetiria a goleada da fase anterior, quando venceu por 4 a 0. Mas na etapa final o Águia, já com um homem a menos e dois gols de desvantagem, foi muito, mas muito superior e fez três gols.
Curiosamente em Belém o técnico João Galvão havia confidenciado que sabia como vencer o Rio Branco. Bastava segurar o primeiro tempo, porque no segundo ele cairia de produção. 'Foi assim contra a gente, contra Remo e Paysandu', disse ele. Não conseguiu barrar as investidas adversárias na etapa inicial, mas provou a tese ao virar na final.
A luta foi intensa e após o apito final a comemoração foi como a de uma conquista de competição.É claro que é exagero apontar o Águia já como um dos favoritos, mas, definitivamente ele deixa a posição de azarão para ser um dos sérios candidatos a uma das vagas. E, caso isso venha a acontecer, hão de lembrar da quebra desse tabu em Rio Branco como o marco da classificação.
O destaque do jogo foi o conjunto e a vontade de todos os que estavam em campo. Lembrar das boas defesas do goleiro Diego, da raça apresentada pelo lateral Gustavo e do volante Analdo, da presença do zagueiro Magrão, do bom futebol dos meias Ciro e Soares seria menosprezar os outros e realmente tirar o mérito do espírito de grupo.
Mas quis o destino que o gol final fosse do atacante Peri. Foi ele que contra o Confiança-SE perdeu um gol feito no final do jogo ao demorar a finalizar contra o gol vazio e dar tempo para um defensor adversário defender o chute.
Os méritos também têm que ser dados ao técnico. Galvão soube mudar a equipe mesmo sem trocar nenhuma peça no intervalo e deixar o Águia muito superior. Em Belém ele dizia que veriam um outro Águia nesse jogo, o mesmo das outras fases. A declaração de Ciro no final da partida é sintomática dessa certeza. 'Deixamos de lado todas as vaidades em busca desse resultado.'

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