Em nota, o Executivo Municipal da legenda diz que as eleições em Belém se constituíram numa “batalha de várias máquinas eleitorais que gastaram rios de dinheiro, público e privado”.
E reforça que o partido não apoiará nem o prefeito Duciomar Costa (PTB), nem Priante (PMDB) no segundo turno, porque “ambos representam projetos políticos retrógrados e elitistas que excluem o povo da participação política efetiva.”
A seguir, a manifestação oficial do PSOL.
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Nota da Executiva Municipal do PSOL-Belém sobre o segundo turno das eleições
Diante do resultado das eleições 2008, a executiva municipal do PSOL-Belém vem a público manifestar sua posição sobre o processo eleitoral e sobre o segundo turno.
O PSOL sai fortalecido das eleições de 2008. Foi a primeira vez que o partido participou de uma disputa eleitoral em âmbito municipal. Apresentamos, em todo o país, 286 candidatos a prefeito e mais de 2.600 candidatos a vereador em mais de 400 cidades. No Pará lançamos 17 candidatos a prefeito e mais de 200 candidatos a vereador em mais de 30 municípios, evidenciando assim o enraizamento do partido no interior do estado.
Em Belém conformamos a Frente de Esquerda com o PSTU e o PCB. Apresentamos, além da candidatura da companheira Marinor, 31 candidatos à Câmara Municipal.
Fizemos uma campanha limpa e coerente, apresentando uma alternativa de esquerda e socialista para Belém. Infelizmente as eleições em nossa cidade, como em todo o país, ainda são profundamente marcadas pelo abuso do poder econômico. O que assistimos em Belém foi uma batalha de várias máquinas eleitorais que gastaram rios de dinheiro, público e privado.
Lamentamos ainda a completa falta de respeito aos eleitores de Belém, conseqüência de falhas em urnas, da falta de orientação e de informações sobre os locais de votação. Sem contar com a completa ausência de ações que coibissem à compra de votos indireta, tornando o pleito em um jogo de cartas marcadas, repleto de vícios e de favorecimento às campanhas milionárias na capital.
A candidatura do PSOL foi a única que representou a verdadeira mudança. Temos certeza que os quase 15 mil votos que obtivemos foram depositados não apenas numa referência eleitoral, mas num projeto político de sociedade. Agradecemos a cada um dos eleitores que acreditaram nesse projeto, assegurando a todos que continuaremos na luta pela construção de uma sociedade socialista livre da opressão do capital. Somos sabedores de que essa luta não se resume as disputas eleitorais, por mais importantes que estas sejam.
Coerente com essa concepção o PSOL reafirma que não apoiará nem chamará voto em nenhum dos candidatos que disputarão o segundo turno. Ambos representam projetos políticos retrógrados e elitistas que excluem o povo da participação política efetiva.
Executiva Municipal do PSOL
Um comentário:
Ninguém quer o apoio do ex-prefeito Edmilsom. Dá paura!!!!!!!!!!!
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