Diretoria azulina entra com pedido de cassação de liminar

No AMAZÔNIA:

O departamento jurídico do Remo ingressa hoje na Justiça com o pedido de cassar a liminar que sustou a eleição antecipada do sucessor do presidente Raimundo Ribeiro Filho. No entanto, o recurso azulino deverá ter pouco ou nenhum efeito prático, uma vez que, mesmo que obtenha êxito em sua investida, o clube não poderá marcar um novo pleito antes de dezembro - data marcada pelo estatuto. Antes disso, as eleições só seriam possíveis se Ribeiro renunciasse a três meses do término de seu mandato. O prazo foi encerrado ontem, com o dirigente mantendo-se no cargo. 'Essa tentativa é apenas uma questão moral', declarou Pedro Lima, presidente do Conselho Deliberativo (Condel).
Se Ribeiro renunciasse, Lima seria o encarregado de assumir o comando do clube - Guto Age, vice de Ribeiro, deixou a diretoria após uma briga com o presidente. Quatro chapas devem disputar a presidência azulina, encabeçadas por Pedro Minowa, Benedito Sá, Orlando Frade e Amaro Klautau.
Mesmo insatisfeitos com a anulação do pleito, embargado pela liminar obtida pelo sócio Marco Aurélio de Jesus Mendes, os quatro candidatos mostram desejo de continuar na briga pelo comando do clube. Mas até meados de dezembro, quando acontecerá o pleito, muita coisa poderá mudar de direção, com o aparecimento de novos candidatos e até mesmo a possibilidade de desistência daqueles que concorrem ao cargo.
Existe ainda a possibilidade de um grupo de cardeais remistas, formado por dirigentes de peso dentro do clube, lançar a candidatura de Raphael Levy. As chances de Levy submeter seu nome ao Condel, órgão encarregado de escolher o presidente, serão bem maiores, caso o ex-presidente consiga se eleger vereador no pleito realizado ontem em todo o Brasil. Uma fonte assegura que caso seja eleito, Levy irá propor sua candidatura.