No AMAZÔNIA:
Uma manifestação de cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, agitou o centro da cidade de Bragança ontem. O ato foi organizado pelos candidatos à prefeitura da coligação 'Povo no poder', Gerson Peres Filho (PP), e da coligação 'Fé na mudança', Padre Nelson (PT), que se uniram para questionar a reeleição do prefeito Edson Oliveira (PMDB). Os candidatos derrotados alegam que as eleições foram marcadas por irregularidades, que classificam como 'fraudes'. A principal reclamação é de que vários eleitores digitavam o número 11, de Gerson Peres, ou 13, de padre Nelson, mas na urna aparecia a foto de Edson Oliveira.
A situação teria se repetido em diversas localidades, como Tamatateua, Bacuriteua, Cacoal do Piritoró, Almoço, Chauí, Andiroba e Monte Alegre, segundo relatos de eleitores que estavam no protesto e que confirmaram o voto, apesar de ter constatado o erro. O marceneiro Claudemir Gonçalves, por exemplo, disse que confirmou o nome de um candidato em quem não queria votar simplesmente porque a seção 6, na Comunidade 18, onde votou, estava muito cheia e a demora acabava irritando outros eleitores que esperavam para votar.
Uma exceção foi a agricultora Maria Joaquina de Melo. Ela votou na seção 6, da Comunidade 18. A eleitora conta que teve que recorrer aos fiscais para verificar a situação da urna. A correção foi feita a tempo de confirmar o voto no candidato escolhido. Mas para Maria ficou a dúvida sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Para Gerson Filho, somente a transferência involuntária de votos justificaria a derrota dele e de padre Nelson em locais considerados redutos eleitorais de cada um, onde, no entanto, as urnas deram vitória ao candidato peemedebista. Foi o caso de Cacoal do Piritoró, considerado o local de maior aceitação do PP, e de Andiroba, reduto eleitoral do petista, onde ele teve apenas três votos.
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