quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sufoco continua nos bancos

No AMAZÔNIA:

Filas, agências bancárias fechadas, funcionários de braços cruzados. O quarto dia de paralisação dos bancos foi de muito sufoco para quem precisou ir a uma agência bancária, ontem, em Belém. O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá promoveu piquetes em frente a bancos, impedindo a entrada de clientes e mobilizando funcionários. A movimentação impediu que as agências da 15 de Novembro e da Presidente Vargas, no Comércio, abrissem.
Ontem, bancos de 22 estados e do Distrito Federal aderiram à paralisação. No Pará, a greve dos bancos foi iniciada na segunda-feira (06) e, de acordo com o Sindicato dos Bancários, atinge mais de 80% dos bancos públicos.
A greve dos bancários, foi decidida no dia 29 de setembro, quando uma proposta de reajuste da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 7,5%, foi recusada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Os bancários reivindicam 13,23% de aumento, referentes a 5% de aumento real e 7,15% de inflação, participação nos lucros e resultados (PLR) maior e simplificada, contratação de funcionários e o fim das pressões pelo cumprimento de metas de venda abusivas.
Em Belém, funcionários de agências do Bradesco e do Itaú, os dois maiores bancos privados do país, suspenderam o atendimento, obrigando os clientes a recorrer aos terminais de auto-atendimento e correspondentes financeiros. Agências do Banco Real, HSBC e Unibanco também permaneceram fechadas.
O balanço do segundo dia de greve em Belém do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá estima que estão paralisadas 100% das agências da Caixa Econômica Federal, 80% das do Banco do Brasil, 65% das do Banpará e 10% do Basa.
O aumento da procura pelos terminais de auto-atendimento provocou filas e reclamações entre clientes. A paralisação dos bancários coincide com o período que antecede o Círio. Por conta da festividade, os terminais de auto-atendimento do Banco do Brasil não vão funcionar na sexta-feira, 10, sábado, 11, e domingo, 12.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Alberto Nunes, saques, depósitos e pagamentos estão garantidos aos clientes nos caixas-eletrônicos. Lotéricas, supermercados e farmácias que funcionam como correspondentes bancários também recebem o pagamento de boletos dentro do vencimento.

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