O prefeito Duciomar Costa ficou todo encolhido, no aconchego de seu camarote na Aldeia Amazônica, durantes os festejos comerativos pelos 392 anos, porque temia ser vaiado pelo distinto público.
No fundo - bem no fundo - dos ouvidos e da alma do gestor, ainda ecoavam as vaias com que fora brindado no ano passado, durante show da Banda Calypso, quando levou estrepitosa vaia. A assuada foi tão audível – incomodamente audível - que Chimbinha e Joelma tiveram trabalho para retomar o show.
Agora, o prefeito, presente à posse do presidente regional do PT, ontem à noite, chegou ao fim de seu discurso sob o embalo de estrepitosa vaia dos petistas que o recepcionavam. Tão estrepitosa foi a vaia que só ele mesmo deve ter ouvido, de si para si mesmo, o “muito obrigado” que pronunciou ao microfone, ao final do discurso.
Então, é o seguinte. Externamente, em grandes concentrações ao ar livre, o prefeito não falou para não passar por constrangimentos.
E agora, vai também reservar-se o sagrado direito ao silêncio, quando presente em recepções mais fechadas?
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